SPORTING 1-0 M'brough (4-2 NO AGREGADO)
(Pedro Barbosa)

O Sporting venceu o Middlesbrough pela margem mínima e confirmou o resultado da primeira mão, apurando-se para os quartos-de-final da Taça UEFA.

Peseiro, face às ausências de Custódio e Rochemback, apresentou Beto como trinco o que apesar de tudo nem parecia ser a melhor opção. No entanto, Hugo lesionou-se - entrou Douala - e o treinador dos leões foi obrigado a mexer, recuando Beto para central, Moutinho para o "miolo" e Sá Pinto para o apoio ao jovem médio leonino. Com esta alteração, o Sporting ganhou mais agressividade na linha média e mais fluidez na troca de bola. Os ingleses, por seu turno, além de partirem em desvantagem, não contavam com Jimmy e Reiziger, que engrossaram o já vasto batalhão de lesionados da equipa de McClaren.

O jogo disputou-se num ritmo bastante baixo, com perdas de bola e ineficácia no passe de parte a parte. O M'Boro teve até a grande oportunidade da primeira metade da partida, logo no ínicio, quando Joseph-Desire Job dividiu o lance com Ricardo e Rui Jorge impediu sobre a linha o golo do eslovaco Nemeth. Minutos volvidos e o guarda-redes leonino viria a ser de novo chamado a intervir, numa situação que o próprio causou - ao socar mal um cruzamento - mas que remediou com uma boa defesa. O Sporting dominava territorialmente, mas nunca conseguia incomodar o último reduto dos britânicos.

Na etapa complementar, nos instantes iniciais, Ricardo teve o "seu" momento: Beto atrasa para Ricardo e este, com tempo para jogar a bola com o pé direito, inventa e prefere repor a bola com o esquerdo, com classe mas mal e nos pés de Nemeth. O lance só não deu golo porque Job falhou escandalosamente com a baliza deserta. Por mim, basta. Ricardo não transmite confiança à defesa e ponto. Tem grandes intervenções, mas falha cruzamentos que é uma coisa louca e tem reposições de bola que não lembram ao diabo - como já tinha feito em Roterdão.

Com o jogo a caminhar a passos largos para o fim, José Peseiro teimava em não refrescar o meio campo. Quando é que os treinadores percebem que se pode fazer substituições antes dos 75 minutos? Se querem segurar o jogo, é preferível mexer na equipa antes do que guardar substituições para queimar tempo...

Quando já nada o fazia prever, eis que o Sporting marca o golo do triunfo: Douala tem uma arrancada estonteante e oferece o golo ao capitão Pedro Barbosa, um dos mais empenhados da noite de Alvalade.

Fácil não é? O camaronês deixou Parnaby a milhas e fez aquilo que parece que tem medo de fazer: usar a sua velocidade explosiva. Douala tem uma grande limitação, pois raramente domina uma bola em condições, mas é quem mexe mais com o jogo leonino, principalmente com Liedson apagadíssimo como hoje.

Até final destaque apenas para uma cobrança de um pontapé livre por parte de Hugo Viana, que o australiano Schwarzer defendeu para canto.
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Melhor em campo para o 'Livre Indirecto':

Pedro Barbosa - não pelo golo que marcou e mereceu, mas sim pelo jogo que fez. No global, foi dos mais esforçados e esclarecidos. Ajudou na defesa e tentou sempre desenhar lances ofensivos. Continua a saber pautar o jogo leonino e a guardar a bola quando é necessário, apesar da idade já não perdoar...
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No cômputo geral, o Sporting foi claramente superior ao M'Boro, principalmente em Riverside e acaba por justificar plenamente a passagem. Face a esta vitória, o Sporting avança para os quartos-de-final da prova e amanhã, a partir das 12h, saberá qual o seu adversário, sendo que de entre as equipas em prova seria de evitar Newcastle ou o possível Villarreal ou até mesmo o CSKA. Austria Viena ou AZ Alkmaar seriam os mais "acessíveis". Mas nesta fase não há que escolher. Há que jogar!...