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sexta-feira, setembro 30, 2005

LIVRE INDIRECTO
Parceria com a Betandwin.com



A Betandwin.com, patrocinadora oficial da Liga Portuguesa de Futebol, estabeleceu uma parceria de carácter publicitário com o LivreIndirecto.com.
A empresa de apostas desportivas on-line verificou que o conteúdo do LivreIndirecto.com se integra nos interesses da Betandwin. Todos esperamos que a parceria seja duradoura.

# Artigo de Livre Indirecto
Publicado às 12:44



TAÇA UEFA
Leões eliminados pelo Halmstad

| Fim da linha para este Sporting

Sporting 2-3* Halmstad BK | 4-4 no total
(Wender, 33', Zvirgzdauskas, pb, 102'; Thorvaldsson, 14', Zvirgzdauskas, 90+3, Ingelsten, 115')

» TAÇA UEFA | 1ª Eliminatória | 2ª mão
| Estádio José Alvalade, em Lisboa
| Johan Verbist (Bélgica)

Inqualificável. O Sporting perdeu em casa diante do Halmstad, por três a dois, após prolongamento, e disse adeus às competições uefeiras desta temporada. Os suecos, uma equipa de amadores, pareciam profissionais perante o amadorismo e incapacidade da equipa leonina. Apesar do demérito dos portugueses, o Halmstad, por incrível que pareça, justificou plenamente, em Alvalade, a passagem à fase de grupos.

Peseiro sabia de antemão que só uma vitória convincente poderia fazer esquecer a semana conturbada, mas parece que não o fez transparecer para os jogadores, tal foi a forma como estes entraram em jogo. Com meia equipa a "dormir", Thorvaldsson isolou-se pela esquerda e bateu Nelson à saída deste.

A exibição do Sporting era tão má que nem dá para expressar por palavras, mas mesmo assim Wender empatou a partida, talvez no único lance digno de registo durante toda a primeira parte. Isto porque, no segundo tempo, Pinilla rematou à trave da baliza de Conny Johansson. Saltei propositadamente do minuto 33 para o 86, porque nada houve de muito relevante durante esse intervalo de tempo, a não ser dois ou três ataques dos suecos nos quais a defesa leonina tremeu por todos os lados.

Até que, já em tempo de compensações, os nórdicos empataram a eliminatória. Moutinho preferiu congelar a bola, em vez de lançar o contra-ataque, e perdeu-a. Custódio foi no auxílio e cometeu jogo perigoso sobre um sueco. Djuric despejou a bola para a área, Nelson saiu da baliza sem mais nem porquê (erro tremendo), e o lituano Zvirgzdauskas marcou de cabeça, quase sem querer. Estava tudo empatado e foi preciso recorrer ao prolongamento.

Aí, o Sporting deu mostras de pela primeira vez no jogo querer explorar as faixas laterais, mas foi sol de pouca dura. Mesmo assim, num desses lances, Rudolph Douala cruzou da direita e Zvirgzdauskas voltou a marcar, desta feita na baliza errada.

Parecia que os leões estavam a salvo, quando a equipa de Janne Anderson fixou o resultado final. Nelson ainda se redimiu do segundo golo, impedindo Thorvaldsson de bisar. Todavia, na sequência do canto, Patrik Ingelsten surgiu nas costas de Polga (foi outra vez "passarinho") e marcou o terceiro, "arrumando" em definitivo com o Sporting da Taça UEFA.

No final, os adeptos despediram-se da equipa com uma tremenda assobiadela e brindaram os atletas do Halmstad com as merecidas palmas. A meu ver, Peseiro não tem outra alternativa a não ser abandonar o cargo de treinador principal do Sporting. Já nem conto com os erros acumulados nos últimos 5 meses (Luz, Final da UEFA, Udinese, Halmstad...). É que agora não há mesmo ambiente para Peseiro permanecer em Alvalade. No entanto, importa ressalvar que nem o culpo por esta derrota. Os jogadores é que não quiseram e fizeram questão de lhe "fazer a cama". E aí não há treinador que resista...

# Artigo de Da Rocha
Publicado às 00:03


terça-feira, setembro 27, 2005

LIGUE 1
Jornada 9

| Lyon regressa às vitórias


Foto: AFP

Depois do empate em casa frente ao Lens, o Lyon regressou este domingo às vitórias, consolidando a liderança da Ligue 1. Diante do Nantes, o português Tiago foi titular e o brasileiro Fred, a dez minutos do fim, marcou o único do golo do encontro, numa partida em que Coupet defendeu uma grande penalidade.

A turma de Houllier dispõe agora de 4 pontos de vantagem sobre os perseguidores, porque PSG, 2º classificado, e Le Mans, 3º, empataram a zero. Quem aproveitou foi o Bordéus do brasileiro Ricardo Gomes, que venceu o Ajaccio pela margem mínima e ascendeu ao terceiro lugar da tabela.

Nos outros encontros, destaque para o empate sem golos entre o Lens e o Rennes de Boloni e para a vitória fora do Toulouse - 4-2 em Estrasburgo.

| LIGUE 1 - 9ª Jornada:

» Sábado:
Lille 2-0 St.Ettiéne
AS Mónaco 0-0 Nice
Auxerre 3-0 Sochaux
Nancy 2-1 Troyes
Bordéus 1-0 Ajaccio
Estrasburgo 2-4 Toulouse
Marselha 3-1 Metz
Le Mans 0-0 PSG

» Domingo:
Nantes 0-1 Lyon
Lens 0-0 Rennes
Classificação
JP
Lyon921
PSG917
Bordéus916
18ºSochaux98
19ºEstrasburgo95
20ºMetz94

# Artigo de Da Rocha
Publicado às 11:58


domingo, setembro 25, 2005

FÓRMULA 1
Alonso sagra-se campeão mundial



Ao terminar em terceiro lugar o GP do Brasil, Fernando Alonso (Renault) garantiu o título mundial de pilotos de Fórmula 1. O espanhol ficou atrás de Juan Pablo Montoya e Kimi Räikkönen e tornou-se no mais jovem campeão do mundo de sempre, superando o brasileiro Emerson Fitipaldi.
Depois de ter feito a melhor qualificação da temporada, o português Tiago Monteiro foi obrigado a abandonar a corrida, depois de ter terminado 16 provas consecutivas.

# Artigo de Da Rocha
Publicado às 19:44


sexta-feira, setembro 23, 2005

LIGUE 1
Jornada 8

| Pauleta e Tiago marcam golos importantes

Pauleta regressou aos golos na Ligue 1 - soma 6 em 8 partidas. O açoriano, capitão do PSG, marcou dois golos na vitória (2-1) frente ao Lille, adversário do Benfica na Champions. Os comandados de Laurent Fournier regressaram assim ao segundo lugar da tabela, beneficiando ainda da derrota do Le Mans no terreno do Nice (1-0).

Quem se estreou a marcar foi Tiago. O novo camisola '21' do Lyon marcou o golo do empate com o Lens (1-1), num dos jogos mais aguardados deste primeiro terço da Liga Francesa, que colocou frente a frente a melhor (inquestionavelmente) e uma das melhores equipas do momento. A equipa de Gérard Houllier segue na liderança do campeonato, mas agora apenas com 2 pontos de vantagem sobre o PSG.

Nos outros encontros, destaque para o empate a dois golos entre o Rennes de Boloni e o Bordéus do brasileiro Ricardo Gomes.

| LIGUE 1 - 8ª Jornada:

» Quarta-feira:

Toulouse 1-0 Marselha
Ajaccio 0-0 Estrasburgo
Metz 1-2 Auxerre
Nice 1-0 Le Mans
Rennes 2-2 Bordéus
St.Ettiéne 0-2 Nancy
Sochaux 1-0 Nantes
Troyes 1-2 AS Mónaco
PSG 2-1 Lille

» Quinta-feira:

Lyon 1-1 Lens

Classificação Geral
JP
Lyon818
PSG816
Le Mans814
18ºNancy87
19ºEstrasburgo85
20ºMetz84

# Artigo de Da Rocha
Publicado às 00:02


quarta-feira, setembro 21, 2005

WNBA
Ticha Penicheiro campeã


Foto: ASSOCIATED PRESS

Patricia Nunes Penicheiro, mais conhecida por Ticha Penicheiro (na foto à direita), sagrou-se esta madrugada campeã da liga profissional norte-americana de basquetebol feminino (WNBA), ao serviço das Sacramento Monarchs. Em Sacramento, Califórnia, a base portuguesa, natural da Figueira da Foz, contribuiu para a vitória da sua equipa frente às Connecticut Sun (62-59), tendo convertido um lance livre a menos de 10 segundos do final no jogo que ditou o primeiro título da história do clube.

# Artigo de Da Rocha
Publicado às 11:05


terça-feira, setembro 20, 2005

LIGUE 1
Jornada 7

| Lyon comanda, Le Mans surpreende

O Lyon continua líder do campeonato francês. A equipa Tiago (entrou aos 62 minutos) empatou no reduto do Bordéus a uma bola, mas ganhou terreno aos mais directos perseguidores, porque o Lens empatou a um golo em Estrasburgo e o PSG de Pauleta saiu de Saint-Etiénne com uma pesada derrota (3-0). Todavia, o surpreendente Le Mans venceu em casa o Sochaux e está apenas a 3 pontos do topo.
Destaque ainda para o despedimento de Didier Deschamps, após a derrota do Mónaco em casa frente ao Rennes (0-2), e para a segunda vitória consecutiva do Marselha. Por outro lado, o Lille reagiu bem à derrota na Luz e goleou o Nice por quatro bolas a zero.

| LIGUE 1 - 7ª Jornada:

» Sábado:

Bordéus 1-1 Lyon
Lille 4-0 Nice
Le Mans 2-1 Sochaux
Nancy 1-1 Metz
Nantes 2-0 Toulouse

» Domingo:

AS Mónaco 0-2 Rennes
Estrasburgo 1-1 Lens
St.Ettiéne 3-0 PSG
Marselha 2-1 Troyes
Auxerre 2-0 Ajaccio

Classificação Geral
JP
Lyon717
Le Mans714
St.Ettiéne713
18ºNancy74
19ºEstrasburgo74
20ºMetz74

# Artigo de Da Rocha
Publicado às 21:14


sábado, setembro 17, 2005

LIVRE FRONTAL
"O Valor Moral e Social do Futebol"

Pierre de Coubertin, o pai dos Jogos Olímpicos Modernos

Após os recentes incidentes que, teimosamente, insistem em repetir-se no futebol e blogosfera portuguesa, tenho por conveniente a ideia de reproduzir aqui um artigo de Pierre de Coubertin, o pai dos Jogos Olímpicos Modernos e um dos maiores impulsionadores das práticas desportivas, em 1888, de título "O Valor Moral e Social do Futebol". A certa altura, após ter observado a educação desportiva ministrada nos colégios ingleses, o autor da Pédagogie Sportive, escreve:

"O perfeito futebolista deve a todo o instante da partida estar pronto a receber a bola, passá-la, a correr, a decidir-se, a parar e a obedecer. Contai, peço-vos, sem falar de qualidades físicas, olhai quantas qualidades morais são assim colocadas em contribuição: a iniciativa, a preserveração, o julgamento, a coragem, o domínio de si próprio, e reconhecereis que o jovem ante o qual é colocado tal programa está situado para muito fazer na via dos aperfeiçoamentos. É preciso reflectir nestas coisas para compreender as palavras que uma vez me dirigiu um professor de Harrow: 'Mais gostaria de faltar a duas aulas dos meus alunos do que a uma só destas partidas'. Já citei estas palavras características: elas estão carregadas de exagero e talvez ultrapassem o pensamento do próprio professor, mas como não verificar que elas contêm uma grande verdade? A instrução refaz-se. O carácter não!

A todo o instante apresentam-se ocasiões para se apossar da bola, de ganhar terreno, mas a menor hesitação fá-la escapar e muda-lhe as possibilidades. Um bom jogador sabe sempre como estão dispostas as forças da sua equipa e as da equipa adversária. Ele julga onde está suficientemente apoiado, num instante, ele calculará as consequências de uma paragem. Rápido. Um golpe de vista mostra-lhe a qual dos seus companheiros convém passar a bola.

Os seus esforços tiveram êxito. A sua equipa já perdeu vários pontos? O desencorajamento é como a luz: a sua rapidez de transmissão é fulminante. Um pouco de lassidão num jogador de elite, um abrandamento dos seus movimentos, uma palavra que lhe escapa chega para o levar à derrota. Mas não!
Ele vai redobrar de ardor e os camaradas ao vê-lo retomarão a confiança. Uma falta acaba de ser cometida e ele está quase a reclamar, mas o capitão nada disse. O árbitro não apitou. Era um livre ou uma grande penalidade a seu favor. Que pena! O pensamento de que o árbitro é injusto atravessa-lhe o espírito: ele afasta-o e continua a cumprir o seu dever até ao final da partida.

Então, ele pode sentir justamente que nem uma vez teve medo, que nem uma vez sacrificou a sua equipa a favor de uma proeza individual e ficará contente consigo próprio.

Ninguém me tirará da ideia que um jovem que passou por isto não esteja melhor preparado do que qualquer outro para o futebol da vida".

# Artigo de Rui Silva
Publicado às 00:02


sexta-feira, setembro 16, 2005

LIVRE SEM BOLA
Modalidades



Na 19ª etapa da Volta à Espanha de 2005 (José Azevedo já desistiu), coube ao alemão Heinrich Haussler - da equipa Gerolsteiner - vencer o "sprint" final da etapa de 142,9km entre San Martin Valdeiglesias e Alcobendas.
Com o mesmo tempo do vencedor da tirada, chegaram os companheiros de fuga do germânico Martin Elmiger (Phonak) e David Latasa (Comunidad Valenciana).
Na geral está tudo na mesma, sendo que o espanhol Roberto Heras da Liberty mantém a vantagem de 4min e 30 segundos para o russo Menchov e 4min50seg para o também espanhol Carlos Sastre.


Na vela, Portugal mantém a tradição de bons resultados. Diogo Cayolla e Luís Brito faziam parte da tripulação do iate "Bruschetta" (brasileiro) - como táctico na tripulação e posição de mastro, respectivamente - que se sagrou vice-campeã mundial da classe J24, em Inglaterra, onde participaram 55 iates de 15 países.


No Ténis, Neuza Silva qualificou-se para as meias-finais do Torneio de Lérida ao bater a "nuestra hermana" Anna Font por 6-1 e 6-3. Na meia-final, Neuza defrontará a russa Elena Tchalova (7ª cabeça-de-série).

# Artigo de Rui Silva
Publicado às 22:45



FUTEBOL DE A a Z
Taça UEFA - História

Em Portugal, apenas o Porto já a conquistou

Ideia e sugestão de um antigo vice-presidente da FIFA, o suíço Ernst B. Thomen, a Taça Europeia das Cidades com Feira (popularmente conhecida como a Taça das Feiras), é a mais velha competição de clubes na Europa. A sua realização foi decidida a 18 de Abril de 1955, o que em termos de concretização (não de ideia) surgiu três semanas antes da Taça dos Campeões Europeus.

O seu primeiro objectivo foi a competição «intercidades», disputada durante períodos de dois anos, entre cidades que tivessem uma Feira Industrial de carácter internacional. Começou por não ser exigido às equipas concorrentes qualquer processo especial de qualificação, bastando-lhe ter a dita feira e apresentar a sua candidatura ao Comité Organizador, que deferia ou indiferia a pretensão.

A primeira edição durou três anos (1955-1958), a segunda dois (1958-1960), passando depois definitivamente a ser disputada anualmente.
O primeiro jogo foi disputado em Barcelona, entre o Barcelona e o Frem (de Copenhaga) a 26 de Dezembro de 1955, ganhando os catalães por seis golos sem resposta.
O Barcelona seria inclusivé o vencedor da competição batendo uma selecção de Londres na final por 2-2 e 6-0.

Só em 1961, a Federação e a Associação de Futebol de Lisboa procederam às indispensáveis diligências no sentido de ser admitida uma equipa portuguesa. Depois de ultrapassadas as formalidades burocráticas, foi aceite a candidatura do Belenenses, que se estreou a 4 de Setembro de 1961, em Edimburgo (Escócia), defrontando o Hibernian FC. O jogo terminou com um empate a três com golos do inevitável Matateu (2) e Yaúca. A 27 de Setembro, o Belenenses era eliminado após derrota por 3-1.

Em toda a história da UEFA, Portugal conta apenas com três presenças em finais. Em 1982/1983 o Benfica perdeu a final com o Anderlecht (derrota 1-0 na Bélgica e empate na Luz - 1-1). Em 2002/2003 o Porto conseguiu a única conquista ao bater o Celtic de Glasgow por 3-2 em Sevilha e, na pretérita temporada, o Sporting perdeu em Alvalade com os moscovitas do CSKA por 3-1.

Em 1971, foi abandonada a designação anterior de Taça Europeia de Cidades com Feira, sendo adoptada a actual denominação - Taça UEFA.

# Artigo de Rui Silva
Publicado às 11:04



ZAPPING
Pavel Nedved

Descobri ontem uma curiosidade desportiva que quero aqui partilhar com os leitores.
Como alguns de vós devem saber, a rótula é um osso em forma de disco côncavo que cobre a junta do joelho e protege a extremidade do fémur e da tíbia. Esta rótula está embebida num músculo da coxa, o quadríceps, ao qual está ligado por tendões.

Conforme a perna dobra ou estica, a rótula "escorrega" para cima e para baixo, sobre o fémur. Esta é, normalmente, constituída por um só osso. Cerca de 1 a 2% da população mundial tem a rótula constituída por 2 ossos.

Depois, há casos tremendamente raros, como os de Pavel Nedved, internacional checo da Juventus, que têm 3 ossos nas rótulas.
Isto provoca, como é evidente, uma excepcional durabilidade e resistência dos joelhos a lesões e explica a forma peculiar de correr de Nedved, assim como o seu ímpar domínio de bola.

# Artigo de EV
Publicado às 09:03


quinta-feira, setembro 15, 2005

FUTEBOL DE A a Z
Taça dos Campeões Europeus - História



Em 1954, o Wolverhampton, campeão inglês, venceu o Spartak de Moscovo por 4-0 e o Honved, da Hungria, por 3-2. A imprensa inglesa, não perdeu a oportunidade, e considerou o futebol praticado pelos clubes ingleses como o mais espectacular, chamando-o de invencível.

A resposta continental, foi vinculada no L'Équipe, por Gabriel Hanot, em artigo de 15 de Dezembro de 1954, lançando a ideia de: "Um campeonato do mundo ou, ao menos, da Europa, de clubes, mais vasto, mais expressivo, menos episódico do que a Taça da Europa Central e mais original que um campeonato da Europa de equipas nacionais, merecia ser lançada e nós arriscamo-lo".Gabriel Hanot foi figura proeminente na implantação da Taça Latina, competição destinada aos clubes campeões de Espanha, França, Itália e Portugal.

Em Março de 1955, o L'Équipe fez a proposta à UEFA. Contudo, as dúvidas eram muitas e esta organização com poderes internacionais hesitou. O prestigiado jornal decidiu levar a ideia de Hanot avante, começando por convidar os clubes interessados em participar na prova. Em 2 e 3 de Abril do mesmo ano, apresentou-lhes, em Paris, o regulamento.

Em 21 de Maio de 1955, o Comité Executivo da Uefa, reunido em Paris, decidiu de harmonia com as indicações dadas pela FIFA chamar a si a organização da prova. A primeira edição da Taça dos Campeões Europeus teve lugar na época de 1955/1956, destinada aos clubes que tivessem sido campeões nacionais na época anterior.

Na primeira edição da prova nem todos os clubes convidados tinham sido campeões pelos seus países na época anterior, mas dado o enorme prestígio de que alguns gozavam a nível internacional foram convidados. Estavam nessa situação o Rapid de Viena, Hibernian, Eindhoven, Voros Logobo, Gwardia Warsaw, Servette, Partizan e... Sporting Clube de Portugal.

Com 16 clubes, a prova começou a ser disputada pelos oitavos-de-final. A eliminatória começou em 4 de Setembro e só terminou a 23 de Novembro.
Coube ao Sporting, numa homenagem prestada pelo L'Équipe à famosa formação dos "violinos" que granjeou enorme prestígio por essa Europa fora, dar o pontapé-de-saída da importante competição. Assim, o primeiro jogo da Taça dos Campeões Europeus, disputou-se a 4 de Setembro de 1955 no Estádio Nacional, em Lisboa, com arbitragem do francês Harzic, numa partida em que Sporting e Partizan empataram a três golos. Curiosamente, o primeiro golo da prova também foi português - Martins.

Na segunda mão, em Belgrado, o Sporting acabaria por perder por 5-2. O Real Madrid, de Di Stefano e Puskas, conquistou as cinco primeiras edições, levando de vencida o Stade Reims (4-3), a Fiorentina (2-0), o Ac Milan (3-2), novamente o Stade Reims (2-0) e o Eintrach Frankfurt (7-3), na final que até hoje registou maior assistência - 127 621 espectadores na Escócia - Glasgow.

A hegemonia do Real Madrid foi quebrada por outra grande equipa europeia de então, o Sport Lisboa e Benfica que, ao vencer as edições de 60/61 e 61/62 entrou para a "Hall of Fame" do futebol internacional.

# Artigo de Rui Silva
Publicado às 09:50


quarta-feira, setembro 14, 2005

FUTEBOL DE A a Z
Best e Baresi

Best e Baresi são duas referências dos seus clubes e países.


George Best, norte-irlandês de nascença, chegou a Manchester de Belfast em 1963 para jogar no United com apenas 17 anos. Dez anos ao serviço do MU chegaram para conquistar dois Campeonatos Nacionais, uma Taça dos Campeões Europeus e Jogador Europeu do Ano, em 1968. Mais importante que isto, Best proporcionou aqueles que o viram jogar alguma da maior elegância futebolística vista num jogador de futebol. Best tinha velocidade, agressividade e um extraordinário toque de bola. Jogou 361 jogos nacionais, marcando 137 golos ao serviço do Manchester United. George Best foi, de facto, o primeiro jogador de futebol a alcançar a altura da fama, normalmente reservada a actores e cantores pop. Chamado de “El Beatle” em Espanha, Best teve uma vida com bastante glamour, fama e álcool. Em 1973, a sua carreira começou a decair com a saída do Manchester United. Até ao final da sua carreira, ainda tentou vários regressos jogando no Dunstable, Stockport County (ex-clube do português Cavaco), Los Angeles Aztecs, Cork Celtic, Fulham (do português Boa Morte), Fort Lauderdale Strikers, Motherwell, Hibernian e San José Earthquakes, contudo nunca mais voltou a ser o mesmo.
Ao serviço da selecção inglesa fez 37 jogos e marcou 9 golos.


Se a carreira de George Best se caracterizou pela efemeridade e perda de controle, Franco Baresi é um exemplo para todos.

Baresi jogou toda a sua carreira no mesmo clube – o AC Milan. Chegou ao Milan em 1977, ainda adolescente (o seu irmão mais velho Giuseppe jogava no Internazionale).
Baresi veio para dominar e revolucionar o papel do líbero moderno durante as décadas de 80 e 90.

Franco Baresi era reconhecido pela sua estranha calma mesmo nos momentos de maior pressão, pela brilhante leitura de jogo, inteligência e um tempo de corte perfeito aliado ao excelente sentido posicional. O seu papel permitia libertar a equipa para apoiarem a força da laranja mecânica no ataque com Gullit e van Basten.
Nos últimos anos da década de 80, Baresi capitaneou o Milan numa série de duas Taças dos Campeões Europeus (1989 e 1990) e quatro Scudettos (1988, 92, 93 e 94). Baresi ficou de fora da final europeia de 1994, frente ao Barcelona, por castigo .

A carreira internacional de Baresi inicou-se em 1982 e culminou 12 anos mais tarde no Campeonato do Mundo de 1994. No entanto, este campeonato foi de mau memória. Uma lesão no joelho que o impediu de jogar numa primeira fase foi tratada com uma intervenção, permitindo-lhe jogar a final contra o Brasil. Contudo, Baresi não teve sorte e acabou por falhar uma das grandes penalidades que daria o tetra-campeonato ao Brasil.

Ao serviço da selecção fez 81 jogos e marcou apenas um golo.

# Artigo de Rui Silva
Publicado às 10:14


terça-feira, setembro 13, 2005

Futebol de A a Z
Pampas – O nascer para o Futebol



A Argentina foi, é e sempre será uma das maiores potências do futebol mundial. Falando do futebol argentino não será difícil lembrar de nomes como Maradona, Di Stefano (posteriormente naturalizado espanhol), Passarella, Batistuta, Caniggia e, mais recentemente, Crespo, Riquelme, Tévez, entre outros.

No último quartel do século XIX, a comunidade britânica em Buenos Aires cifrava-se nas 40 mil pessoas, possuindo a sua própria rede de bancos, escolas e eventos sociais. Acabou por ser no seguimento desta presença informal do império britânico que o Buenos Aires Football Club foi criado em 1867. Por volta de 1880, Alexander Watson Hutton chegou ao país para leccionar na escola escocesa de St Andrews. Em 1884, fundou a sua própria escola inglesa, contratou um especialista em jogos e iniciou o desporto-rei não só na sua escola, como em outras da cidade.

Estas equipas disputaram pela primeira vez um campeonato em 1891. Em 1893, sob a liderança de Hutton, cinco clubes fundaram a Liga da Associação de Futebol Argentina, um campeonato que continua a decorrer até aos dias de hoje.

O crescimento do futebol foi rápido. Em 1901, a LAFA já organizava, sozinha, quatro divisões em Buenos Aires. O primeiro clube de fora da cidade foi o Lobos Athletic (1892), enquanto que o Newell’s Old Boys (1903) e o Rosário Central (1905) tornaram Rosário como a segunda cidade mais representativa.

Jogos internacionais com o Uruguai começaram em 1901. Na primeira década do século XX, o futebol tornou-se progressivamente menos britânico e mais argentino. Os maiores clubes (Racing, Boca Juniores e River Plate) surgiram de grupos imigrantes e indígenas.
Em 1931, uma liga nacional profissional de 18 equipas foi criada.

Helenio HerreraDesde então, o River Plate já conquistou pouco mais de 30 campeonatos, seguido do Boca Juniores com cerca de 20 e o Independiente com 13. Clubes como San Lorenzo, Racing Club, Vélez Sarsfield, Rosário Central, Newell´s Old Boys, Estudiantes, Ferro Caril Oeste, Argentinos Juniors, Huracán, Quilmes e Chacarita Juniors também já venceram campeonatos.

No campo dos encarregados técnicos, um nome sobressai mais que todos os outros – Helenio Herrera. O técnico nascido em 1917 figura entre os mais viajados e bem sucedidos técnicos do mundo.
Criado em Marrocos, começou a carreira de jogador em França. Nos finais da década de 40, treinou com sucesso um conjunto de equipas francesas até mudar-se para Espanha onde conquistou três campeonatos nacionais com Atlético Madrid e Barcelona. Os conjuntos de Herrera eram agressivos e ofensivos, mas este estilo de jogo demonstrou-se ineficaz quando chegou ao Internazionale no princípio dos anos 60. Aqui, reinventou e aperfeiçoou o catenaccio – (que significa cofre ou cadeado) sistema defensivo com um libero e marcações individuais na defesa combinado com um contra-ataque letal. “Il Grande Inter” conquistou duas Taças dos Campeões Europeus e duas Taças Internacionais, bem como três Scudettos.

# Artigo de Rui Silva
Publicado às 08:46


segunda-feira, setembro 12, 2005

FÓRMULA 1
Tiago Monteiro volta a pontuar


Foto: GETTY IMAGES

Tiago Monteiro terminou ontem o GP da Bélgica em oitavo lugar e somou um ponto aos seis que tinha conseguido nos Estados Unidos. Em Spa Francochamps, o piloto português da Jordan-Toyota largou na 19ª posição mas beneficiou dos diversos acidentes (a pista estava molhada) para conseguir pontuar. Tiago concluiu a 16ª corrida da temporada e detém já um record - o de "rookie" com mais corridas terminadas.
No que ao Mundial de Pilotos diz respeito, Fernando Alonso precisa apenas de subir ao pódio no GP do Brasil para se sagrar campeão do Mundo. Curioso o facto do espanhol poder suceder ao brasileiro Emerson Fitipaldi como o mais jovem campeão de F1 logo no Brasil.

# Artigo de Da Rocha
Publicado às 15:15



LIGUE 1
Jornada 6

| Fred mantém Lyon na liderança


Foto: REUTERS

Na estreia de Tiago com a camisola 21 do Lyon, o brasileiro Fred (outra estreia) foi a grande figura da partida. O ex-Cruzeiro marcou os dois golos da vitória sobre o AS Mónaco (2-1), resultado que mantém os de Gérard Houllier no comando.

Quem também venceu foi o PSG, desta vez sem golos de Pauleta. Os parisienses seguem logo atrás dos tetracampeões e o único golo da partida frente ao Estrasburgo foi apontado pelo costa-marfinense Bonaventure Kalou.

O Le Mans é que continua a surpreender. Venceu em Toulouse por 2-0 e está colada aos terceiros classificados, Lens e Bordéus. Estas duas equipas empataram ontem no Norte de França, igualdade que impediu o Lens de prosseguir na vice-liderança. O brasileiro Ricardo Gomes continua o bom trabalho nos Girondins.

Por último, destaque para o primeiro triunfo do Marselha na Ligue 1, frente ao Sochaux (0-1). O Lille, adversário do Benfica na próxima quarta-feira, venceu em Metz por 2-0 (bis do avançado Peter Odemwingie), mas continua a meio da tabela, em 8º lugar com 9 pontos conquistados.

| LIGUE 1 - 6ª Jornada:

» Sábado:

Rennes 3-1 Auxerre
Ajaccio 1-0 Nancy
Troyes 1-0 Nantes
Toulouse 0-2 Le Mans
Metz 0-2 Lille
Nice 0-1 St.Ettiéne
PSG 1-0 Estrasburgo
Lyon 2-1 AS Mónaco

» Domingo:

Sochaux 0-1 Marselha
Lens 1-1 Bordéus

Classificação Geral
JP
Lyon616
PSG613
Lens611
18ºNancy63
19ºEstrasburgo63
20ºMetz63

# Artigo de Da Rocha
Publicado às 11:19



TÉNIS
Federer vence US Open


Foto: REUTERS

Roger Federer, número 1 do Mundo, conquistou há minutos o US Open em Ténis, ao derrotar o norte-americano Andre Agassi na final do torneio. Bastaram quatro sets para o suíço derrotar Agassi, veterano de 35 anos, pelos parciais de 6-3, 2-6, 7-6 e 6-1. Em seis finais, Federer conquistou o seu sexto título do Grand Slam.

# Artigo de Da Rocha
Publicado às 00:19


domingo, setembro 11, 2005

LIGA PORTUGUESA
No rescaldo - Benfica



O Sporting venceu o Benfica por 2-1, juntando-se a Porto e Braga na liderança do campeonato com 9 pontos em 3 jogos. Do outro lado, o Benfica confirma o pior começo dos últimos anos, quedando-se no 14º lugar, a 8 pontos dos maiores rivais.

O que fica deste jogo?
Analisando apenas os momentos mais importantes do jogo, encontraremos um Sporting que entrou no jogo com maior disponibilidade ofensiva, começando a ganhar os duelos no meio-campo a pouco e pouco, nomeadamente a partir dos 10 minutos.

Após os maus resultados nas duas primeiras jornadas, Koeman optou por manter o esquema de três centrais, com várias mudanças de jogadores. A defesa era composta por uma linha de três centrais: - Anderson, Luisão e Ricardo Rocha. Mais à frente, as alas estavam entregues a João Pereira na direita e Nelson na esquerda. No miolo do terreno e, face à ausência de Petit, Karagounis foi chamado à titularidade fazendo dupla com Manuel Fernandes. Na frente, e após todas as novelas de Verão referentes à contratação ou não de um ponta-de-lança, o treinador holandês apostou em três jogadores bastante móveis, na tentativa de confundir as marcações da defensiva sportinguista.

Porquê? Porque Koeman decidiu assim? Informado do esquema de Peseiro com os dois avançados, decidiu criar superioridade numérica, deixando sempre um central de fora, vigiando de perto as falhas de marcação ao sempre perigoso Liedson. João Pereira na direita e Nelson na esquerda procuravam sempre evitar que Douala criasse perigo nos flancos, subindo sempre que possível de modo a criar superioridade nas alas, ora com Carlitos, ora com Simão. Era simples. Douala, Liedson e Deivid eram marcados pelos dois centrais de marcação, o lateral respectivo, sempre com um central de sobreaviso.
A titularidade de Karagounis, Miccoli e Carlitos foram, para muitos, uma surpresa por razões notoriamente diferentes. Se Miccoli era apontado como provável titular, o mesmo não se sucedia com Karagounis contudo, aproveitando a experiência do grego e jogando com a mentalidade de dois jogadores que pouco ligariam ao ambiente de um "derby" que, até há bem pouco tempo, nada lhes dizia. A outra surpresa, Carlitos, foi uma aposta muito pessoal de Koeman. Aproveitando a boa forma do jovem jogador e a eventual motivação que o próprio ganharia com esta titularidade, esperou que o jogador se pudesse transcender e ser um quebra-cabeças para o chileno Tello. Manuel Fernandes e Simão seriam obviamente titulares.

No banco, Koeman tinha várias opções preciosas. Geovanni que, com a sua experiência e apetência para marcar golos ao Sporting, seria uma aposta razoável para uma segunda parte em que o jogo necessitasse de ser resolvido. Nuno Gomes era a opção para um esquema que privilegiasse um ponta-de-lança mais fixo que Miccoli. Beto, por seu turno, poderia oferecer maior consistência a um meio-campo que, apenas com Karagounis e Manuel Fernandes poderia enfrentar dificuldades com Moutinho e Sá Pinto do lado contrário.

Com o início do jogo, cedo se percebeu que o sistema de Koeman não parecia resultar. Um Sporting motivado foi obrigando o Benfica a recuar, ficando este privado de jogadas em ataque continuado. Se o jogo já parecia correr mal a Koeman, pior ficou quando Luís Loureiro inaugurou o marcador aos 37 minutos.

Logo após o golo, Koeman entendeu que estava na altura de mexer. Nuno Gomes foi aquecer e entrou ao intervalo para o lugar de João Pereira. Após 45 minutos de insucesso, Koeman alterou o 5x4x1 a defender e 3x4x3 a atacar para um esquema mais tradicional de 4x4x2 a defender e 4x2x4 a atacar, com Nuno Gomes e Miccoli bem na frente, Nelson a lateral-direito e Ricardo Rocha no lado contrário.

Mais uma vez, o esquema de Koeman não resultou, mas desta feita por razões diferentes. Aos 50 minutos, Ricardo Rocha foi expulso após entrada dura sobre Rogério. Cinco minutos volvidos, o treinador holandês voltou a mexer. Saiu Carlitos, entrou Beto. Beto entrou para a direita da defesa, Nelson voltou à esquerda. No meio-campo, Manuel Fernandes, Karagounis, Simão e Miccoli (agora mais recuado) formavam o quarteto do meio-campo, jogando Nuno Gomes sozinho na frente.

Curiosamente, foi assim que o Benfica começou a conseguir explanar o seu futebol. Com 10, o Benfica beneficiou de mais espaços, mesmo após um forte assédio do Sporting à sua baliza, após a expulsão. Mesmo assim, o Benfica foi ganhando metros no terreno e chegou à igualdade à passem do minuto 63. Na sequência de um livre directo, Simão aproveitou o desvio de Tonel, traindo o guardião Nelson. Koeman, que já preparava a entrada de Alcides recuou um pouco, em dúvida. O que fazer? Defender o empate e esperar que Miccoli, Nuno Gomes e Simão pudessem adiantar o Benfica num lance rápido? Ou continuar a jogar de igual para igual, arriscando a igualdade numérica na defesa?

As dúvidas foram dissipadas quando aos 65 minutos, Peseiro fez entrar Wender para a esquerda para o lugar de Deivid. Dois minutos depois, Koeman decide-se. Sai Karagounis, entra Alcides.
O Benfica voltava assim aos três centrais. Beto e Nelson protegiam o seu flanco, ajudando o primeiro ainda no centro do meio-campo o agora desamparado Manuel Fernandes.

Numa altura que o Benfica ia ganhando ascendente, o Sporting voltou a adiantar-se por intermédio de Liedson a cerca de 15 minutos do fim.
Nestes 15 minutos, o Benfica dominou o jogo, causando alguns calafrios à defensiva leonina, contudo mostrou-se incapaz de chegar ao tento da igualdade.

As intenções dos esquemas de Koeman fazem sentido, contudo mostrou-se completamente inapropriado à realidade do futebol português e à importância do jogo, não só para o Benfica, como também para a sua continuidade.

Assim, à terceira jornada, o Benfica encontra-se numa situação extremamente difícil. A 8 pontos de Porto, Sporting e Braga e às portas da estreia na Champions League, Koeman tem o cerco cada vez mais apertado.

O jogo em casa com o Lille servirá de tudo ou nada para os adeptos benfiquistas. Koeman terá de preparar bem o jogo, definir um esquema e esperar que a equipa corresponda e os resultados comecem a aparecer.

# Artigo de Rui Silva
Publicado às 01:40



LIGA PORTUGUESA
No rescaldo - Sporting



O Sporting de Peseiro conseguiu o objectivo a que se tinha proposto, vencendo o jogo da 3ª jornada, deixando o "vizinho" e rival Benfica a 8 pontos.

Para este jogo, após as muitas dúvidas sobre a integração ou não, dos ex-bracarenses João Alves e Wender e os impedimentos de Beto, Edson e Custódio por lesão, Peseiro optou por manter o mesmo esquema com um onze que em nada surpreendeu.

Nelson manteve-se na baliza após o jogo na Madeira. O quarteto defensivo era composto por Rogério na direita, Tello na esquerda e a dupla de centrais formanda por Anderson Polga e o regressado à titularidade Tonel. O meio-campo era constituído por Luís Loureiro, mais atrás, João Moutinho, Sá Pinto e Douala. Na frente, Peseiro apostou em Deivid e Liedson. Contudo, este 4x1x3x2 possuía variantes que em muito contribuiram para o controlo que o Sporting exerceu no jogo durante a maior parte do encontro. O "joker" era Douala. A forma como deambulava a toda a largura ofensiva do Sporting confundiu a defensiva encarnada. Se Douala estivesse com Nelson, João Pereira sentia-se perdido na defesa, enquanto que o contrário também era verdade.

Luís Loureiro, como se pretendia, era o médio de cobertura ofensivo que Moutinho e Sá Pinto necessitavam para se libertarem. Com um jogo tacticamente a roçar a perfeição, Loureiro soube interpretar na perfeição a necessidade de uma ocupação racional dos espaços, de forma a que o meio-campo benfiquista fosse impedido de lançar contra-ataques perigosos para a baliza leonina. João Moutinho, ao contrário do que já sucedeu no passado, não jogou encostado na direita tendo assim a liberdade de espaço, construção e criatividade de todo o jogo ofensivo do Sporting. Sá Pinto emprestava trabalho e solidariedade ao Sporting, funcionando como pêndulo de apoio ora na construção de João Moutinho, ora na última fase do processo ofensivo sportinguista, perto de Liedson e Deivid.

Na defesa, nada de novo. O esquema táctico apresentado por Koeman poderia dificultar as marcações, já que apresentava na frente três jogadores móveis, porém Tonel soube lidar com a situação na perfeição. Rogério enfrentava Simão, enquanto que Tello tinha Carlitos pela frente.

No banco, Peseiro tinha alternativas de qualidade. Wender e João Alves ansiavam pela estreia, Carlos Martins, Pinilla e Silva completavam um lote de jogadores que, a qualquer momento, poderiam dar ao Sporting maior profundidade e largura ofensiva (no caso de Wender), explosão (Carlos Martins), criatividade (João Alves) e "poder de fogo" (Pinilla e Silva).

O Sporting entrou melhor em campo e, a partir do primeiro quarto de hora, começou a controlar a iniciativa de jogo. No entanto, apenas aos 25 minutos criou o primeiro lance de grande furor nas bancadas de Alvalade. Na sequência de um canto, Polga vê o golo ser-lhe negado por Ricardo Rocha em cima da linha de golo. Destaque para o estilo provocador que Ricardo Rocha já nos habituou em Alvalade. Após este lance, mandou "acalmar" as bancadas leoninas, dando a entender que não havia motivo para tanto barulho por causa desse lance. Já há dois anos atrás, havia aconselhado Liedson a ir ao ginásio para ganhar força.

Aos 36 minutos, João Moutinho obrigaria Moreira à defesa na noite, respondendo de forma absolutamente fantástica ao remate de Moutinho de fora da área. Curiosamente, na sequência do canto, Luís Loureiro inauguraria o marcador.

O intervalo chegou e Peseiro manteve-se tranquilo, ainda mais depois de chegar à vantagem.
A segunda parte chegou e a defensiva do Sporting foi obrigada a adaptar-se à entrada de Nuno Gomes e alteração do esquema táctico adjacente à mudança. As duas equipas estavam agora encaixadas uma na outra.

Quando aos 50 minutos, Ricardo Rocha foi expulso, pairou em Alvalade o mesmo que na época passada com o Futebol Clube do Porto. A ganhar e em superioridade numérica, o Sporting possuía uma oportunidade de ouro para "matar" o jogo o mais cedo possível e, de facto, nos minutos seguintes, Liedson e Tello, por duas vezes, fizeram tremer as bancadas de Alvalade.

Após este assédio, o Sporting foi recuando no terreno e, quando Peseiro preparava já a entrada de Wender, viu Simão Sabrosa igualar o marcador. O Benfica chegava ao empate a 25 minutos do fim. Posto isto, Peseiro colocou Wender em campo, para o lugar de Deivid. O esquema de 4x1x3x2 foi ligeiramente modificado para um equilíbrio entre o mesmo esquema - com Sá Pinto a fazer de segundo avançado, Douala na direita e Wender na esquerda - e um 4x1x4x1 que pretendia ganhar superioridade numérica no meio-campo e obrigar o Benfica a recuar novamente. Neste esquema, Liedson na frente, Wender na esquerda, Douala na direita apoiados por Sá Pinto e Moutinho eram apostas fortes de Peseiro para restabelecer a vantagem no marcador.

A 15 minutos do fim, Liedson poria em delírio os cerca de 45 mil sportinguistas que se deslocaram ao estádio, ao corresponder com êxito a um cruzamento milimétrico de Tello que colocou a bola fora do alcance do "gigante" Luisão.

Logo após o golo, Peseiro empregou coesão ao meio-campo, fazendo entrar João Alves para o lugar de Douala.
O Benfica respondeu bem ao golo de Liedson e começou a apoderar-se do meio-campo, mesmo após as mudanças de Peseiro. Se João Alves estava fresco, João Moutinho estava a começar a quebrar, bem como o mais que evidente cansaço de Rogério.

De facto, foi pelo lado de Rogério que o Benfica criou a maioria dos lances de perigo nestes últimos minutos. Do outro lado, Tello mantinha-se imperturbável ao rumo dos acontecimentos, não oferecendo quaisquer veleidades.
O cansaço de Rogério deverá ter passado despercebido a Peseiro, já que aos 84 minutos colocou Pinilla no lugar do, também desgastado, Sá Pinto.

O cansaço de Rogério porém, não o impedia de subir no terreno, na tentativa de criar desequilíbrios que permitissem ao Sporting acabar com o jogo. No entanto, as suas subidas tornaram-se mais perigosas para o Sporting do que para o Benfica. Aproveitando as subidas de Rogério, o Benfica solicitava esse flanco sempre que recuperava a bola, aproveitando igualmente o cansaço de Luís Loureiro que já não tinha a mesma frescura da primeira parte para dobrar os dois laterais.

Até ao final do jogo, apesar dos calafrios, o Sporting manteve a vantagem e chegou à vitória e respectivos três pontos que lhe permitem liderar o campoenato, juntamente com Braga e Porto.
Peseiro terá assim conquistado mais um voto de confiança após a eliminação ante os italianos da Udinese.

# Artigo de Rui Silva
Publicado às 00:32


sábado, setembro 10, 2005

LIVRE FRONTAL
FIFA - Novas Regras

Diz Pedro Varela, estimado colega do blog 'Terceiro Anel': "Durante a marcação da grande penalidade, dois jogadores do Uzebequistão entraram dentro da área e o árbitro em vez de repetir a marcação da grande penalidade, marcou livre indirecto contra o Uzebequistão, numa clara falha técnica, pois as regras nesta circunstância, levam a que a grande penalidade seja repetida".

Para quem não está dentro do assunto, este post de 6 de Setembro diz respeito à ordem da FIFA da repetição do jogo entre o Uzbequistão e o Bahrein para o playoff que apurará a selecção que disputará a ida ao Mundial na Alemanha do próximo ano com a quinta classificada da zona sul-americana.

Aproveitando a sessão de esclarecimentos a que assisti por parte de dois árbitros (um deles ex-internacional) devido a razões profissionais, aproveito aqui para esclarecer não só o estimado colega Pedro Varela, como todos os leitores do blog, de modo a que as novas regras sejam conhecidas, evitando assim possíveis confusões numa situação que, por si só, acarreta inúmeros casos.

A antiga lei referia que "se se verificar alguma infracção da equipa que defende, a grande penalidade é repetida, caso não tenha sido marcado o golo. Caso a infracção seja da equipa que ataca, mas não do executante, só com golo marcado a grande penalidade é repetida. Caso o executante comenta qualquer infracção, depois de a bola estar em jogo, é punido com livre indirecto".

Com a recente alteração à lei, extinguiu-se a distinção entre infracção do executante e dos restantes jogadores da equipa que ataca. Qualquer infracção da equipa que ataca é punida com livre indirecto.

Assim, a decisão do árbitro japonês do jogo em questão em assinalar livre indirecto por ter verificado que dois jogadores do Uzbequistão invadiram a grande área é correcta.

Perguntará o leitor mais atento porque é que, assinalando correctamente e segundo a nova regra, a FIFA decidiu a repetição do jogo? De facto, houve uma falha técnica grave do árbitro japonês. Houve invasão de facto, mas não de jogadores do Uzbequistão.

O japonês assinalou bem o que pensou que tinha visto. Simplesmente, viu mal.

# Artigo de Rui Silva
Publicado às 00:45


sexta-feira, setembro 09, 2005

LIVRE PARA A BANCADA
Os outros...

A cerca de 24 horas do grande clássico, e com os principais artistas de ambas as equipas prestes a entrar em campo, parece-me pertinente lançar aqui a discussão sobre uma notícia que surge no Correio da Manhã de hoje e que dá contra dos "outros", daqueles que não são tão "artistas", e que nem sequer terão direito a jogar.

Refiro-me, concretamente, aos casos de Everson (no Benfica) e Hugo (no Sporting). Não obstante a situação de ambos nos respectivos clubes, o CM apurou que Everson aufere um salário na ordem dos 600.000€, limpos de impostos, enquanto que Hugo recebe cerca de 400.000€.
Parece-me muito dinheiro pago a dois "activos" do clube, quando se tem em conta que Everson está, há muito, fora das cogitações de Ronald Koeman para o plantel da Luz e que Hugo nem sequer foi inscrito na Liga. No entanto, o Sporting "deixa-o" treinar com os colegas para que ele mantenha a forma, visto não existir equipa B em Alvalade.

É verdade que tal situação está longe de ser a representação da realização profissional para os jogadores supracitados, sabendo estes que têm que se apresentar obrigatoriamente para apenas... treinarem, conscientes, desde logo, de que não constituirão opção para os planteis. Mas, por outro lado, deveriam rescindir contrato com os clubes? Se o fizessem, outras propostas eventualmente apresentadas ser-lhes-iam menos vantajosas financeiramente e, na situação actual, são pagos a peso de ouro, tendo hipótese de garantir o seu futuro.
O que fariam vocês? Deixo-vos a pergunta.

# Artigo de EV
Publicado às 17:23



LIVRE INDIRECTO
Despedida



Faz quase um ano que me decidi aventurar na blogosfera e no 'Livre Indirecto'. Desde então, muitas coisas - boas e más - aconteceram, o balanço destes 300 e tal dias enquanto editor do blog acaba por ser positivo, e considero esta uma experiência muito enriquecedora. No entanto, ponho agora um ponto final na minha participação e prefiro guardar para mim as razões da despedida.

Continuarei a visitar o 'LI' diariamente e a discutir com quem me quer bem e mal - no fundo, não conseguiríamos viver uns sem os outros não é?..

Saudações desportivas a todos e bem-hajam!

# Artigo de Carlos
Publicado às 01:41


quarta-feira, setembro 07, 2005

MUNDIAL'2006
Portugal empata em Moscovo

| A um ponto do Mundial

Rússia 0-0 Portugal

A um ponto do Mundial'2006. A selecção nacional empatou sem golos com a Rússia e só precisa de empatar um dos jogos em casa, frente a Liechtenstein ou Letónia, para consumar o apuramento directo. Tudo isto porque a Eslováquia empatou em Riga a uma bola.
Todavia, Portugal, à semelhança do que fez em Bratislava, voltou a não "saber ganhar" uma partida que poderia e deveria ter vencido, até porque o adversário jogou meia parte em inferioridade numérica.

No Lokomotiv Stadion, os russos entraram melhor na partida e até colocaram em embaraços a defensiva portuguesa por duas ou três ocasiões. No entanto, por volta dos 25 minutos, Portugal tomou conta das operações e jogo passou a desenrolar-se mais sobre a zona intermediária. Até que, à beira do intervalo, Alexei Smertin foi expulso. O médio do Charlton Athletic teve duas entradas perigosas, no espaço de cinco minutos, e acabou por deitar por terra as aspirações dos comandados de Yuri Semin.

Na etapa complementar, com menos um elemento, os homens da casa adoptaram uma postura mais de contenção, tentando aqui ou ali sair em rápidos contra-golpes. Apesar de estar em superioridade numérica, a equipa de Scolari parecia sem vontade de marcar e foram os russos quem esteve mais perto do golo, num bonito lance de ataque Andrei Arshavin concluído por Aleksandr Kerzahkov. No segundo tempo "só deu" Portugal, mas os lances mais perigosos resultaram de remates de fora da área. Cristiano Ronaldo actuou muito encostado a Pauleta (uma nulidade), Nuno Valente subiu pouco no terreno e Figo teimou em pisar a zona central, o que afunilou bastante o jogo e impediu que Akinfeev tivesse algum trabalho - um remate de Ronaldo à figura e outro de Moutinho que defendeu para canto foram as duas excepções.

Face a esta igualdade, e por causa do empate dos eslovacos com a Letónia, a Portugal basta um empate frente ao Liechtenstein (em Aveiro, a 8 de Outubro) para garantir a qualificação para a Alemanha. Pela primeira vez, não deixámos tudo para a última...

# Artigo de Da Rocha
Publicado às 18:09


segunda-feira, setembro 05, 2005

LIVRE INDIRECTO
www.livreindirecto.com



Está completa a transferência do 'Livre Indirecto' para a sua nova morada. A partir de hoje, e por um período "experimental", o 'Livre Indirecto' estará acessível em www.livreindirecto.com ou livreindirecto.com, sendo que qualquer visitante ao digitar o antigo endereço (livre-indirecto.blogspot.com) será automaticamente redireccionado para aqui.

Basicamente, no "ponto com" o 'Livre Indirecto' irá funcionar na mesma como um blog. A única novidade é que a página passa a ter o seu próprio espaço, "independente" do Blogger - apenas dependente para efeitos de publicação.
Em suma, o 'LI' passa a ter um domínio próprio mas o continua na mesma: actualizado e ao dispor dos visitantes.

# Artigo de Da Rocha
Publicado às 00:01


sexta-feira, setembro 02, 2005

SELECÇÃO NACIONAL
Sub-21 mantêm o pleno

Paulo Sérgio abriu a goleada lusa

» Portugal 4-0 Luxemburgo
(Paulo Sérgio, Varela, Quaresma, João Pereira)


Portugal venceu hoje o Luxemburgo no estádio do Portimonense por quatro golos sem resposta e deu seguimento ao seu passeio no Grupo 3 da fase de qualificação para o Europeu de sub-21. A selecção nacional conta com 8 vitórias em igual número de jogos, já marcou 25 golos e apenas sofreu 3.

Tendo em vista o jogo de 3ª feira em Moscovo com a Rússia - 2ª classificada -, Agostinho Oliveira deixou no banco alguns dos mais importantes jogadores da equipa, casos de Hugo Almeida, Quaresma, Hugo Viana ou Manuel Fernandes. Como é habitual nestes jogos, cedo se percebeu que o jogo ia ser de sentido único - a baliza luxemburguesa. Não foi assim de admirar que à passagem do quarto-de-hora já o marcador tivesse sido inaugurado por intermédio do pequeno Paulo Sérgio, a cabecear bem após centro de João Pereira. Apesar de mais algumas oportunidades de golo terem surgido, a vantagem mínima manteve-se até ao intervalo.
No tempo complementar, depois da entrada do tanque Hugo Almeida, sentiu-se uma selecção nacional mais forte e perigosa em termos ofensivos. Aos 70 minutos, Varela apontou o segundo da noite depois de um belo trabalho individual em que fez gato-sapato da defesa luxemburguesa. Alguns minutos antes entrara Quaresma e o extremo portista trouxe ainda mais vivacidade e dinâmica ao ataque português - foi dele o 3-0, aos 87', na sequência de um livre lateral. Ainda houve tempo para João Pereira fechar a goleada com um remate seco à entrada da área um minuto antes dos 90. Pouco depois, o árbitro galês apitou para o final de mais um "treino em competição" da equipa nacional sub-21, que se assume como uma das mais fortes europeias.

# Artigo de Carlos
Publicado às 23:32


quinta-feira, setembro 01, 2005

LIVRE OPINIÃO
Um olhar sobre o Benfica...

O DEFESO ENCARNADO. Acabou ontem a silly season e os dirigentes do Benfica acabaram por salvar a pele nos últimos dois dias possíveis. Desde princípios de Julho que tanto Vieira como Veiga assumiram uma postura que muito desagradou aos adeptos benfiquistas, nomeadamente a altivez do "nós é que definimos os timings" muitas vezes repetido por LFV ou os consecutivos bluffs de "jogadores de qualidade mundial já contratados". Se os benfiquistas não estavam a gostar do que viam, o falhanço da contratação de Tomasson constituiu o ponto mais negro da direcção encarnada neste defeso quer pelo precipitado anúncio da vinda do dinamarquês quer pela, ver-se-ia depois, falta de alternativas para o lugar de ponta-de-lança, ao contrário do dito por Veiga que garantiu um "igual ou ainda melhor" que o agora jogador do Estugarda. As semanas passavam, o goleador desejado não chegava, o caso Miguel tornava-se num pesadelo, e os benfiquistas iam-se contentando com os bons apontamentos dos reforços até então contratados, com destaque para os brasileiros Beto e Anderson. Também Karyaka - embora venha descendo de rendimento -, Léo - cedo se lesionou mas mostrou ser jogador - e Nélson - que chegou mais tarde - constituiram um acréscimo de qualidade ao plantel de Koeman. Era, no entanto, evidente que sem um organizador de jogo e sem um ponta-de-lança este Benfica dava muito pouca confiança à sua massa adepta e assim se explicam, por exemplo, o relativo insucesso do kit de novo sócio ou a baixa assistência que recebeu o Gil Vicente no primeiro jogo do campeão nacional na Luz. Sabendo do risco que corriam ao não apresentar ninguém - até porque a equipa levava 1 ponto em 6 na Liga e se respirava descrença - Vieira e Veiga garantiram, sobre a linha da meta, os concursos de Karagounis e Miccoli e evitaram a saída - com algum teatro à mistura... - de Simão. Assim, apesar da vinda tardia destes dois homens de ataque e da ausência do matador, Koeman tem à sua disposição o melhor plantel benfiquista dos últimos anos e ser-lhe-ão fortemente cobrados os eventuais fracassos da equipa neste ano - será o holandês capaz de fazer do Benfica uma equipa vencedora?

EQUIPA MAIS FORTE. Este plantel do Benfica é, como digo acima, o mais forte dos últimos anos, sem ponta de dúvida. Na baliza, dois dos melhores guarda-redes nacionais são garante óbvio de qualidade. A nível de centrais, a qualidade abunda. Luisão - espera-se uma grande época em ano de Mundial - e Ricardo Rocha devem, quanto a mim, formar a dupla encarnada, e no banco Anderson e Alcides apresentam-se como opções mais que válidas, sobretudo o primeiro. Na lateral-esquerda, Léo será o titular pois Dos Santos começou mal a época e o brasileiro deverá agarrar o lugar quando a oportunidade surgir, ao passo que na direita Nélson será um bom substituto de Miguel - nesta posição, a alternativa ao titular já não é tão válida... No meio-campo defensivo, Petit, Beto - caso os jogos de pré-época não tenham sido por acaso - e Manuel Fernandes são sinónimo de muita entrega, força e, no caso do último, classe. Em termos ofensivos, já não será Simão a carregar a equipa sozinho como sucedeu nestas 3 épocas pois este ano há uma alternativa ao capitão encarnado - Karyaka - e, além de Nuno Assis e Geovanni, chegou Karagounis, um médio virtuoso e bom rematador que também se destaca pela entrega e raça empregues no jogo. No ataque, é certo que falta um efectivo número 9 - o empréstimo de Karadas foi um erro de gestão enorme -, mas chegou Miccoli que pode emparelhar, com sucesso, com Nuno Gomes no ataque benfiquista. Dos últimos dois reforços, disse-se que são sobras de Inter e Juventus mas convém saber que, em Milão, Karagounis estava tapado por Veron e Stankovic e que, em Turim, Miccoli seria suplente de craques como Ibrahimovic, Trezeguet ou Del Piero - coisa pouca... O maior défice deste Benfica será em termos físicos pois, se excluirmos os centrais, a média de alturas nem aos 1.75 metros chega. Num campeonato duro como o nosso, vamos ver até que ponto isso influenciará o rendimento da equipa...

LILLE MUITO IMPORTANTE. Como consequência da superior qualidade do plantel, Koeman tem nos ombros uma enorme pressão, sobretudo por treinar o campeão nacional. Antes de mais, queria dizer que o antigo treinador do Ajax me tem decepcionado até ao momento. E tem o jogo de Alvalade à porta... Se ganhar, não fez mais que a obrigação e continua a 5 pontos do Porto caso este vença o Rio Ave; mas se perder, e se abrir um fosso de 8 pontos entre o Benfica e o líder, o holandês verá a vida a andar para trás. Porém, defendo que não deve haver contestação dos adeptos, pelo menos visível - cada um que insulte Koeman mas mentalmente... Quatro dias depois, há uma recepção ao Lille no primeiro jogo de Champions na Nova Luz e um resultado negativo deixará o técnico holandês - caso se aguente depois de uma eventual derrota em Alvalade - com pouquíssima ou nenhuma margem de manobra. Espero que, nesse jogo, a Catedral se apresenta lotadíssima para assim empurrar a equipa neste regresso do Benfica às grandes noites europeias proporcionadas pela liga milionária. Encaro esse jogo - caso não vença em Alvalade - como "o" jogo da cambalhota, que permitirá ao Benfica voltar aos triunfos e embalar para uma boa época.
Este último parágrafo foi uma mensagem para os benfiquistas apelando à calma e ao apoio à equipa também nos maus momentos - não se esqueçam que não há campeões à 3ª jornada...

# Artigo de Carlos
Publicado às 17:05



LIVRE INDIRECTO
Despedidas



Quando me fiz convidado para pertencer ao 'Livre Indirecto', fí-lo por gostar de falar de futebol e porque este espaço que costumava ler com alguma regularidade não dispunha de uma voz do clube do meu coração. Neste momento, confesso que me falta alguma motivação para escrever, mesmo no meu próprio blog, e por não querer ser mais um que de mês a mês resolve participar, achei que chegara a altura de sair.
Agradeço a todos os que passaram por aqui, que leram e comentaram os meus posts e sobretudo ao Da Rocha pela oportunidade que me deu de escrever no seu blog.
Um abraço a todos.

# Artigo de Aníbal Letra
Publicado às 11:47


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