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domingo, setembro 11, 2005

LIGA PORTUGUESA
No rescaldo - Sporting



O Sporting de Peseiro conseguiu o objectivo a que se tinha proposto, vencendo o jogo da 3ª jornada, deixando o "vizinho" e rival Benfica a 8 pontos.

Para este jogo, após as muitas dúvidas sobre a integração ou não, dos ex-bracarenses João Alves e Wender e os impedimentos de Beto, Edson e Custódio por lesão, Peseiro optou por manter o mesmo esquema com um onze que em nada surpreendeu.

Nelson manteve-se na baliza após o jogo na Madeira. O quarteto defensivo era composto por Rogério na direita, Tello na esquerda e a dupla de centrais formanda por Anderson Polga e o regressado à titularidade Tonel. O meio-campo era constituído por Luís Loureiro, mais atrás, João Moutinho, Sá Pinto e Douala. Na frente, Peseiro apostou em Deivid e Liedson. Contudo, este 4x1x3x2 possuía variantes que em muito contribuiram para o controlo que o Sporting exerceu no jogo durante a maior parte do encontro. O "joker" era Douala. A forma como deambulava a toda a largura ofensiva do Sporting confundiu a defensiva encarnada. Se Douala estivesse com Nelson, João Pereira sentia-se perdido na defesa, enquanto que o contrário também era verdade.

Luís Loureiro, como se pretendia, era o médio de cobertura ofensivo que Moutinho e Sá Pinto necessitavam para se libertarem. Com um jogo tacticamente a roçar a perfeição, Loureiro soube interpretar na perfeição a necessidade de uma ocupação racional dos espaços, de forma a que o meio-campo benfiquista fosse impedido de lançar contra-ataques perigosos para a baliza leonina. João Moutinho, ao contrário do que já sucedeu no passado, não jogou encostado na direita tendo assim a liberdade de espaço, construção e criatividade de todo o jogo ofensivo do Sporting. Sá Pinto emprestava trabalho e solidariedade ao Sporting, funcionando como pêndulo de apoio ora na construção de João Moutinho, ora na última fase do processo ofensivo sportinguista, perto de Liedson e Deivid.

Na defesa, nada de novo. O esquema táctico apresentado por Koeman poderia dificultar as marcações, já que apresentava na frente três jogadores móveis, porém Tonel soube lidar com a situação na perfeição. Rogério enfrentava Simão, enquanto que Tello tinha Carlitos pela frente.

No banco, Peseiro tinha alternativas de qualidade. Wender e João Alves ansiavam pela estreia, Carlos Martins, Pinilla e Silva completavam um lote de jogadores que, a qualquer momento, poderiam dar ao Sporting maior profundidade e largura ofensiva (no caso de Wender), explosão (Carlos Martins), criatividade (João Alves) e "poder de fogo" (Pinilla e Silva).

O Sporting entrou melhor em campo e, a partir do primeiro quarto de hora, começou a controlar a iniciativa de jogo. No entanto, apenas aos 25 minutos criou o primeiro lance de grande furor nas bancadas de Alvalade. Na sequência de um canto, Polga vê o golo ser-lhe negado por Ricardo Rocha em cima da linha de golo. Destaque para o estilo provocador que Ricardo Rocha já nos habituou em Alvalade. Após este lance, mandou "acalmar" as bancadas leoninas, dando a entender que não havia motivo para tanto barulho por causa desse lance. Já há dois anos atrás, havia aconselhado Liedson a ir ao ginásio para ganhar força.

Aos 36 minutos, João Moutinho obrigaria Moreira à defesa na noite, respondendo de forma absolutamente fantástica ao remate de Moutinho de fora da área. Curiosamente, na sequência do canto, Luís Loureiro inauguraria o marcador.

O intervalo chegou e Peseiro manteve-se tranquilo, ainda mais depois de chegar à vantagem.
A segunda parte chegou e a defensiva do Sporting foi obrigada a adaptar-se à entrada de Nuno Gomes e alteração do esquema táctico adjacente à mudança. As duas equipas estavam agora encaixadas uma na outra.

Quando aos 50 minutos, Ricardo Rocha foi expulso, pairou em Alvalade o mesmo que na época passada com o Futebol Clube do Porto. A ganhar e em superioridade numérica, o Sporting possuía uma oportunidade de ouro para "matar" o jogo o mais cedo possível e, de facto, nos minutos seguintes, Liedson e Tello, por duas vezes, fizeram tremer as bancadas de Alvalade.

Após este assédio, o Sporting foi recuando no terreno e, quando Peseiro preparava já a entrada de Wender, viu Simão Sabrosa igualar o marcador. O Benfica chegava ao empate a 25 minutos do fim. Posto isto, Peseiro colocou Wender em campo, para o lugar de Deivid. O esquema de 4x1x3x2 foi ligeiramente modificado para um equilíbrio entre o mesmo esquema - com Sá Pinto a fazer de segundo avançado, Douala na direita e Wender na esquerda - e um 4x1x4x1 que pretendia ganhar superioridade numérica no meio-campo e obrigar o Benfica a recuar novamente. Neste esquema, Liedson na frente, Wender na esquerda, Douala na direita apoiados por Sá Pinto e Moutinho eram apostas fortes de Peseiro para restabelecer a vantagem no marcador.

A 15 minutos do fim, Liedson poria em delírio os cerca de 45 mil sportinguistas que se deslocaram ao estádio, ao corresponder com êxito a um cruzamento milimétrico de Tello que colocou a bola fora do alcance do "gigante" Luisão.

Logo após o golo, Peseiro empregou coesão ao meio-campo, fazendo entrar João Alves para o lugar de Douala.
O Benfica respondeu bem ao golo de Liedson e começou a apoderar-se do meio-campo, mesmo após as mudanças de Peseiro. Se João Alves estava fresco, João Moutinho estava a começar a quebrar, bem como o mais que evidente cansaço de Rogério.

De facto, foi pelo lado de Rogério que o Benfica criou a maioria dos lances de perigo nestes últimos minutos. Do outro lado, Tello mantinha-se imperturbável ao rumo dos acontecimentos, não oferecendo quaisquer veleidades.
O cansaço de Rogério deverá ter passado despercebido a Peseiro, já que aos 84 minutos colocou Pinilla no lugar do, também desgastado, Sá Pinto.

O cansaço de Rogério porém, não o impedia de subir no terreno, na tentativa de criar desequilíbrios que permitissem ao Sporting acabar com o jogo. No entanto, as suas subidas tornaram-se mais perigosas para o Sporting do que para o Benfica. Aproveitando as subidas de Rogério, o Benfica solicitava esse flanco sempre que recuperava a bola, aproveitando igualmente o cansaço de Luís Loureiro que já não tinha a mesma frescura da primeira parte para dobrar os dois laterais.

Até ao final do jogo, apesar dos calafrios, o Sporting manteve a vantagem e chegou à vitória e respectivos três pontos que lhe permitem liderar o campoenato, juntamente com Braga e Porto.
Peseiro terá assim conquistado mais um voto de confiança após a eliminação ante os italianos da Udinese.

Artigo de Rui Silva
Publicado às 00:32


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