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quinta-feira, setembro 01, 2005

LIVRE OPINIÃO
Um olhar sobre o Benfica...

O DEFESO ENCARNADO. Acabou ontem a silly season e os dirigentes do Benfica acabaram por salvar a pele nos últimos dois dias possíveis. Desde princípios de Julho que tanto Vieira como Veiga assumiram uma postura que muito desagradou aos adeptos benfiquistas, nomeadamente a altivez do "nós é que definimos os timings" muitas vezes repetido por LFV ou os consecutivos bluffs de "jogadores de qualidade mundial já contratados". Se os benfiquistas não estavam a gostar do que viam, o falhanço da contratação de Tomasson constituiu o ponto mais negro da direcção encarnada neste defeso quer pelo precipitado anúncio da vinda do dinamarquês quer pela, ver-se-ia depois, falta de alternativas para o lugar de ponta-de-lança, ao contrário do dito por Veiga que garantiu um "igual ou ainda melhor" que o agora jogador do Estugarda. As semanas passavam, o goleador desejado não chegava, o caso Miguel tornava-se num pesadelo, e os benfiquistas iam-se contentando com os bons apontamentos dos reforços até então contratados, com destaque para os brasileiros Beto e Anderson. Também Karyaka - embora venha descendo de rendimento -, Léo - cedo se lesionou mas mostrou ser jogador - e Nélson - que chegou mais tarde - constituiram um acréscimo de qualidade ao plantel de Koeman. Era, no entanto, evidente que sem um organizador de jogo e sem um ponta-de-lança este Benfica dava muito pouca confiança à sua massa adepta e assim se explicam, por exemplo, o relativo insucesso do kit de novo sócio ou a baixa assistência que recebeu o Gil Vicente no primeiro jogo do campeão nacional na Luz. Sabendo do risco que corriam ao não apresentar ninguém - até porque a equipa levava 1 ponto em 6 na Liga e se respirava descrença - Vieira e Veiga garantiram, sobre a linha da meta, os concursos de Karagounis e Miccoli e evitaram a saída - com algum teatro à mistura... - de Simão. Assim, apesar da vinda tardia destes dois homens de ataque e da ausência do matador, Koeman tem à sua disposição o melhor plantel benfiquista dos últimos anos e ser-lhe-ão fortemente cobrados os eventuais fracassos da equipa neste ano - será o holandês capaz de fazer do Benfica uma equipa vencedora?

EQUIPA MAIS FORTE. Este plantel do Benfica é, como digo acima, o mais forte dos últimos anos, sem ponta de dúvida. Na baliza, dois dos melhores guarda-redes nacionais são garante óbvio de qualidade. A nível de centrais, a qualidade abunda. Luisão - espera-se uma grande época em ano de Mundial - e Ricardo Rocha devem, quanto a mim, formar a dupla encarnada, e no banco Anderson e Alcides apresentam-se como opções mais que válidas, sobretudo o primeiro. Na lateral-esquerda, Léo será o titular pois Dos Santos começou mal a época e o brasileiro deverá agarrar o lugar quando a oportunidade surgir, ao passo que na direita Nélson será um bom substituto de Miguel - nesta posição, a alternativa ao titular já não é tão válida... No meio-campo defensivo, Petit, Beto - caso os jogos de pré-época não tenham sido por acaso - e Manuel Fernandes são sinónimo de muita entrega, força e, no caso do último, classe. Em termos ofensivos, já não será Simão a carregar a equipa sozinho como sucedeu nestas 3 épocas pois este ano há uma alternativa ao capitão encarnado - Karyaka - e, além de Nuno Assis e Geovanni, chegou Karagounis, um médio virtuoso e bom rematador que também se destaca pela entrega e raça empregues no jogo. No ataque, é certo que falta um efectivo número 9 - o empréstimo de Karadas foi um erro de gestão enorme -, mas chegou Miccoli que pode emparelhar, com sucesso, com Nuno Gomes no ataque benfiquista. Dos últimos dois reforços, disse-se que são sobras de Inter e Juventus mas convém saber que, em Milão, Karagounis estava tapado por Veron e Stankovic e que, em Turim, Miccoli seria suplente de craques como Ibrahimovic, Trezeguet ou Del Piero - coisa pouca... O maior défice deste Benfica será em termos físicos pois, se excluirmos os centrais, a média de alturas nem aos 1.75 metros chega. Num campeonato duro como o nosso, vamos ver até que ponto isso influenciará o rendimento da equipa...

LILLE MUITO IMPORTANTE. Como consequência da superior qualidade do plantel, Koeman tem nos ombros uma enorme pressão, sobretudo por treinar o campeão nacional. Antes de mais, queria dizer que o antigo treinador do Ajax me tem decepcionado até ao momento. E tem o jogo de Alvalade à porta... Se ganhar, não fez mais que a obrigação e continua a 5 pontos do Porto caso este vença o Rio Ave; mas se perder, e se abrir um fosso de 8 pontos entre o Benfica e o líder, o holandês verá a vida a andar para trás. Porém, defendo que não deve haver contestação dos adeptos, pelo menos visível - cada um que insulte Koeman mas mentalmente... Quatro dias depois, há uma recepção ao Lille no primeiro jogo de Champions na Nova Luz e um resultado negativo deixará o técnico holandês - caso se aguente depois de uma eventual derrota em Alvalade - com pouquíssima ou nenhuma margem de manobra. Espero que, nesse jogo, a Catedral se apresenta lotadíssima para assim empurrar a equipa neste regresso do Benfica às grandes noites europeias proporcionadas pela liga milionária. Encaro esse jogo - caso não vença em Alvalade - como "o" jogo da cambalhota, que permitirá ao Benfica voltar aos triunfos e embalar para uma boa época.
Este último parágrafo foi uma mensagem para os benfiquistas apelando à calma e ao apoio à equipa também nos maus momentos - não se esqueçam que não há campeões à 3ª jornada...

Artigo de Carlos
Publicado às 17:05


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