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sexta-feira, novembro 18, 2005

FUTEBOL DE A a Z
A evolução da estratégia #3

» Alf Ramsey e o 4x3x3

No campeonato do Mundo de Inglaterra, o seleccionador Alf Ramsey institucionalizou o 4x3x3 e o que é mais importante - introduziu-lhe um sistema de contra-ataque ao invés de uma constante ofensiva. No seu sistema, o quarteto defensivo era formado por Cohen, Jack Charlton, Moore e Wilson, mas Moore mantinha-se ligeiramente atrasado em relação aos seus companheiros e os dois laterais lançavam-se, frequentemente, no ataque. Quando o faziam, ficava para trás Stiles, com a missão básica de destruir o jogo da equipa advresária no meio do campo e apoiar a sua defesa - o hoje conhecido como médio de cobertura defensiva.

Os verdadeiros criadores de jogo eram Bobby Charlton, Peters e Ball, em especial o primeiro que era o "cérebro" da equipa. Peters jogava com a camisola 11, mas nunca ocupava a posição teoricamente correspondente a esse número e deixava aberto um corredor por onde se podia lançar o lateral Wilson. O jovem Ball jogava alternadamente no centro ou em ponta, mas raras eram as vezes que cumpria a função de extremo segundo o esquema tradicional. Na frente, fixavam-se os atléticos Hurst e Hunt - os verdadeiros avançados-centro no esquema tradicional.

A disposição determinada por Ramsey era, em consequência, um 4x3x3 muito distinto do empregado em 1962 pelos brasileiros, porque na frente de ataque não havia um avançado e dois extremos. Pelo contrário, havia dois avançados e um "falso" extremo que tanto podia ser Ball, Wilson ou Cohen (os dois laterais). Para Stiles ficava a tarefa de marcação do médio adversário mais perigoso. Em todos os sentidos, a mentalidade de Ramsey era claramente defensiva. Ainda que o pragmatismo do sistema - tipicamente inglês - fosse indiscutível, até pelos resultados alcançados. A partir de 1966, a evolução das tácticas assentou sempre sobre o sistema de 4x3x3 idealizado por Ramsey.

» O retorno dos brasileiros

A vitória do Brasil - dirigida pelo ex-bicampeão mundial Zagallo - no Mundial de 70 foi, em contrapartida, outra demonstração de uma estratégia posta ao serviço das características individuais de cada jogador. Pelé, no ponto alto da sua carreira, assumiu a direcção táctica no terreno de jogo, desdobrando-se nas funções de centrocampista, coordenador de jogo e avançado.

O Brasil mantinha o quarteto defensivo em linha - utilizando sistematicamente o fora de jogo - mas os defesas laterais saíam com menos frequência da sua zona. No centro, Pelé, Clodoaldo e Gerson, este último como coordenador de todo o jogo e efectuando lançamentos frequentes para os homens da frente. Ali assentava a variante táctica da equipa: Tostão, um avançado que se movia com inteira liberdade na zona da frente, criava, frequentemente, espaços abertos pelo centro do terreno onde penetrava o poderoso extremo Jairzinho e o próprio Pelé, assim como o talentoso Rivelino, que também apoiava os centrocampistas. Esta táctica desconcertou os italianos na final, que continuavam agarrados ao seu catennacio de marcação individual. A mobilidade de Tostão e dos seus companheiros criou enormes vazios defensivos e o resultado final foi um rotundo 4-1.

Fonte: História do Futebol de Manuel de Sousa

Ligações:

» A evolução da estratégia #1
» A evolução da estratégia #2

Artigo de Rui Silva
Publicado às 11:34


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