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terça-feira, abril 25, 2006

BRASILEIRÃO
Em Análise: Santos

» O 3-5-2 desdobrável de Luxemburgo

Depois de um empate a zero na primeira jogada do Brasileirão com o Goiás, o Santos alcançou a primeira vitória diante do Atlético Paranaense por 2-0.
Campeão Paulista neste mês, um dos maiores emblemas brasileiros da história, é um eterno candidato à conquista do Brasileirão 2006.
Vanderlei Luxemburgo, o técnico do Santos que teve uma passagem fugaz pela Europa, apostou para este jogo num esquema táctico de 3-5-2, em que as subidas dos laterais, a mobilidade do organizador de jogo e de um dos avançados se tornam os principais trunfos.

Na baliza, figura Fábio Costa. O guarda-redes que se encontra já na sua segunda passagem pelo Santos, é um dos principais destaques. A sua tranquilidade e segurança entre os postes tornam-se decisivos nos momentos mais complicados (mostrou-se bastante forte no cara-a-cara com o avançado) e foi uma das peças fundamentais na conquista do Paulistão.

À sua frente, o goleiro tem três defesas centrais de características semelhantes, mas que actuam de forma distintas - Ronaldo Guiaro pela direita, Manzur no miolo e Luiz Alberto pela esquerda. Os três formam um forte pilar na defesa e servem-se da sua altura (Manzur com 1,87 e Ronaldo Guiaro e Luiz Alberto com 1,86) para o confronto físico.
Ronaldo Guiaro, ex-Benfica, é o mais experiente dos três. Sem parte da velocidade que tinha há alguns anos atrás, apoia-se na sua experiência e falta de velocidade no futebol brasileiro. Manzur é um paraguaio bastante raçudo. Emprega-se ao máximo em todos os lances e demonstra bom sentido posicional. Por último, Luiz Alberto é o mais possante dos três. Canhoto, tem uma fisionomia semelhante à de Enakarhire.

Nas alas, Neto e Kléber assumem um papel fundamental na transição defesa-ataque e dinâmica táctica. Neto, pela direita, é menos expedito na manobra ofensiva. Compromete pouco, defende bem e só sobe pela certa. Pelo contrário, Kléber é um dos elementos mais perigosos do Santos. Forte fisicamente e rápido, este brasileiro que teve uma aventura europeia no Basileia, sobe bastante bem no terreno e conquista a linha de fundo frequentemente, onde aproveita para cruzar bem. É dele a jogada do primeiro golo do Santos - um destaque francamente positivo neste jogo.

No meio-campo, dois jogadores com missões fundamentalmente defensivas. Na ausência de Maldonado, Luxemburgo colocou Cléber Santana ao lado de Wendel, antigo jogador do Nacional da Madeira e sobrinho do benfiquista Geovanni. O primeiro tem uma área de acção mais fixa, enquanto Wendel tem maior tendência a aparecer na cabeça da área. Contudo, a principal missão é promover as coberturas defensivas aquando das subidas dos alas.
À frente dos dois, joga o ex-portista Léo Lima. A imagem de jogador malabarista, que corre pouco e não se preocupa com a missão defensiva esteve ausente durante a grande parte do jogo. Entrou em campo bastante movimentado e sobressaiu por duas recuperações de bola que fez no sector defensivo - uma surpresa.
A atacar, o organizador de jogo esteve bastante móvel no apoio aos dois avançados. Deambulava pelas alas, com maior incidência para a direita, e procurava constantemente servir de apoio recuado ao avançado mexicano, De Nigris.

De Nigris, avançado contratado ao Pumas no final de Março, marcou o seu primeiro golo ao serviço do Santos. Com uma área de acção mais fixa, o avançado é a referência na área. Sem ser forte no jogo aéreo, o jogador mexicano evidenciou uma boa técnica individual e uma grande capacidade de retenção de bola na espera pelo apoio. Ao seu lado, Reinaldo é outra das peças fundamentais desta equipa.
Desde o primeiro minuto de jogo, o avançado que já esteve no PSG onde foi companheiro de Pauleta esteve endiabrado. A sua grande mobilidade, em que frequentava com frequência as duas laterais e a velocidade, quer em desmarcação, quer a sair da finta, fizeram dele um dos melhores jogadores em campo.

O Santos entrou determinado em campo e, apesar de ter pressionado a todo o comprimento do terreno nos minutos iniciais, a estratégia defensiva passa por um encurtamento de espaços e fortes pressings ocasionais nos 30 metros defensivos.
Na segunda parte, houve oportunidade para as entradas de Heleno (Wendel) - jogador forte fisicamente que pouco acrescentou à equipa, Rodrigo Tabata (De Nigris) - entrou bem em campo e esteve bastante movimentado no sector mais avançado. Não tão avançado como De Nigris, mas decisivo no passe e rápido na desmarcação. Entrou ainda no Domingos no lugar de Luiz Alberto - nada a destacar.

Ontem, o Santos garantiu a contratação de dois reforços, tendo em vista o ataque da equipa. Rodrigo Tiuí, de 20 anos, foi contratado ao Noroeste (onde foi um dos destaques no Campeonato Paulista) e Wellington Paulista, 26 anos, foi contratado ao Juventus.

Artigo de Rui Silva
Publicado às 14:33


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