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segunda-feira, setembro 25, 2006

LIVRES
Arbitragem

» Ana Raquel Brochado nos Nacionais


Foto FCSH.UNL.PT

Ana Raquel Brochado foi notícia na última semana por ser a primeira mulher a marcar presença nos nacionais de futebol. Numa altura que a arbitragem está sob cerrada investigação e descrédito, a abertura ao mundo feminino foi encarado como um trunfo para a modalidade ser cada vez mais global.
No entanto, a promoção de categoria da juíza do Núcleo de Sintra tem de tudo menos justa e sem influências externas duvidosas.
Na minha opinião, a sua promoção deveu-se a dois factores essenciais. O facto de ser uma minoria na arbitragem em primeiro lugar. Não há duvida que as minorias são encaradas com maior atenção e o facto de ser mulher é tida em conta neste aspecto.
O segundo, e mais decisivo, é o seu "apadrinhamento". Ana Raquel tem como "padrinho" de arbitragem Amaral Dias, ex-árbitro assistente internacional que formava trio de arbitragem com Vítor Pereira.

Infelizmente, na arbitragem distrital, este é um dos predicados mais necessários para subir de escalão. Nos últimos anos, não só como jogador, tive oportunidade de assistir a vários jogos desta juíza e não me restam dúvidas. Não tem qualidade para o mérito que alcançou. Infelizmente, não é caso único a nível nacional.
No Núcleo de Sintra prepara-se para assistir a novo caso no próximo ano. Carlos Cordeiro encontra-se na linha da frente para subir de escalão. A sua história é semelhante à de Ana Raquel. Jovem, sem capacidade de se afirmar em campo (ou quando se afirma é pelas razões negativas) e, última mas de maior importância, protegido de Amaral Dias.
As nossas raízes são mostram aquilo que somos e seremos no futuro. Na arbitragem, regista-se exactamente o mesmo. Troca de favores e bons "padrinhos" são essenciais para subir na arbitragem e chegar ao ponto alto da carreira com a simples máxima - ajudar quem te ajudou.
O filho de Martins dos Santos é provavelmente o exemplo mais mediático.
Mais que corrupta, a arbitragem em Portugal é má. A formação tem grandes défices de sustentação e a justiça nas subidas de escalão é pouca ou nenhuma.

Mudar é fácil de dizer, mas dificilmente se conseguirá transformar drasticamente os maus hábitos da arbitragem portuguesa. Até lá, jornais e televisões continuarão a garantir furos jornalísticos aclamando como exclusiva uma notícia que é apenas o espelho desta organização em Portugal.
Corrupção parece ser inegável, mas não tanto como a incompetência reinante num dos mais importantes sectores de cada modalidade. Até quando?

Artigo de Rui Silva
Publicado às 23:47


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