LIVRES
Take #19
» Adiar o inevitável?
Foto REUTERS
O V.Setúbal partiu para a última jornada do campeonato em último, mas conseguiu garantir a permanência graças a uma vitória na Figueira da Foz e os resultados menos positivos alcançados pelos adversários directos.
Tenho por regra considerar sempre justo um objectivo alcançado, seja título, UEFA, permanência ou subida de divisão. Como tal, o V.Setúbal não fugirá à regra. Apesar de ser um clube histórico e que representa uma zona de Portugal que há muito não tem mais representantes, o clube sadino tem enchido nos últimos dois anos as páginas dos nossos jornais por razões negativas.
A crise financeira, as dívidas, jogadores que rescindem por incumprimento de salários mancham o nome do clube. A descida de divisão seria um castigo justo? Acredito que o V.Setúbal precisa de uma verdadeira revolução e seja mesmo aconselhável começar do zero, mas penso que esse começo terá de ser feito necessariamente ainda na primeira divisão. Abdicando de grandes nomes e outras loucuras que os dirigentes têm cometido, o Setúbal precisa de garantir estabilidade e equilíbrio. Só isso lhe poderá permitir que, caso desça, consiga manter a estabilidade necessária que não possa conduzir a um fim, ou pelo menos a um princípio de um fim antecipado.
Foi justo a permanência, mas apetece-me dizer que não mereceram. Não necessariamente os jogadores, cujo profissionalismo nos últimos anos tem sido posto à prova como quase em nenhum outro clube, mas sim toda a estrutura que os envolve.
Talvez por isto, veja com algum espanto o anúncio da contratação de Carlos Carvalhal para o comando técnico dos setubalenses. Um treinador que nos últimos anos se tem limitado a convencer os dirigentes a apostar nos orçamentos mais elevados de sempre, ou perto disso, e os resultados têm sido muito discutíveis. Fica a questão: o que tentará Carvalhal fazer em Setúbal?
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O V.Setúbal partiu para a última jornada do campeonato em último, mas conseguiu garantir a permanência graças a uma vitória na Figueira da Foz e os resultados menos positivos alcançados pelos adversários directos.
Tenho por regra considerar sempre justo um objectivo alcançado, seja título, UEFA, permanência ou subida de divisão. Como tal, o V.Setúbal não fugirá à regra. Apesar de ser um clube histórico e que representa uma zona de Portugal que há muito não tem mais representantes, o clube sadino tem enchido nos últimos dois anos as páginas dos nossos jornais por razões negativas.
A crise financeira, as dívidas, jogadores que rescindem por incumprimento de salários mancham o nome do clube. A descida de divisão seria um castigo justo? Acredito que o V.Setúbal precisa de uma verdadeira revolução e seja mesmo aconselhável começar do zero, mas penso que esse começo terá de ser feito necessariamente ainda na primeira divisão. Abdicando de grandes nomes e outras loucuras que os dirigentes têm cometido, o Setúbal precisa de garantir estabilidade e equilíbrio. Só isso lhe poderá permitir que, caso desça, consiga manter a estabilidade necessária que não possa conduzir a um fim, ou pelo menos a um princípio de um fim antecipado.
Foi justo a permanência, mas apetece-me dizer que não mereceram. Não necessariamente os jogadores, cujo profissionalismo nos últimos anos tem sido posto à prova como quase em nenhum outro clube, mas sim toda a estrutura que os envolve.
Talvez por isto, veja com algum espanto o anúncio da contratação de Carlos Carvalhal para o comando técnico dos setubalenses. Um treinador que nos últimos anos se tem limitado a convencer os dirigentes a apostar nos orçamentos mais elevados de sempre, ou perto disso, e os resultados têm sido muito discutíveis. Fica a questão: o que tentará Carvalhal fazer em Setúbal?
