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domingo, dezembro 30, 2007

LIVRES
'A' a 'Z': 2007 em Revista

Nelson Évora foi medalha de ouro no triplo salto em Osaka

A de Atletismo Português. Se, em tempos idos, eram as corridas de fundo que davam medalhas a Portugal, este ano consagrou os saltos em comprimento como uma nova "especialidade" portuguesa. No início de Março, no Campeonato Europeu de Pista Coberta em Birmingham, Naide Gomes saltou 6,89 m – um novo recorde nacional – e conquistou a medalha de ouro em salto em comprimento, revalidando o título de 2005. Já em Agosto, nos Mundiais de Osaka, Naide ficou à porta do pódio mas Portugal vibrou com novo ouro, desta feita alcançado no triplo salto por Nelson Évora – quinto classificado nos europeus - com uma marca de 17,74 m. No outro extremo em Osaka esteve Obikwelu, desclassificado após um pequeno erro técnico nas qualificações para os 100 m e com uma prestação aquém das expectativas nos 200m.

B de Basquetebol. Na primeira vez que a Selecção conseguiu um apuramento para uma fase final, os "Ratinhos Atómicos" fizeram história ao passar a primeira fase, vencendo ainda Israel na segunda fase. No final, o 9.º lugar e um dos melhores momentos de sempre para Portugal.

Cristiano Ronaldo foi figura de proa do Man Utd em 2007

C de Cristiano Ronaldo. 2007 devia ter sido o ano de Ronaldo. Mas se for 2008, com uma grande prestação no Europeu, a malta também não se chateia. Cristiano Ronaldo foi fundamental no título inglês do Man Utd e marcou golos que se fartou. Foi o terceiro melhor marcador da PremierShip em 2006/07, e esta época já leva 18 golos entre Inglaterra e Liga dos Campeões, sendo o líder dos goleadores das duas competições. Aos 22 anos, é uma das maiores figuras do futebol mundial e o terceiro lugar nos prémios da FIFA teve um sabor bem amargo. Não falta muito para chegar ao topo.

D de Doping. Nem tudo são destaques positivos e os casos de doping marcaram negativamente o desporto em 2007, dando origem a escândalos em várias modalidades. O ciclismo manteve-se entre os desportos mais afectados, com o Tour a ser todo ele manchado por casos de doping, de Vinokourov a Rasmussen, passando até pelo vencedor Alberto Contador, que continua mergulhado num mar de suspeitas. Outros ciclistas, como Riis (entretanto destituído da vitória no Tour de 1996), Zabel e Sinkewitz, admitiram publicamente terem tomado substâncias ilegais e efectuado transfusões de sangue, dando a entender que era (é?) uma prática comum. No ténis, Martina Hingis decidiu retirar-se após um teste positivo para cocaína em Wimbledon, enquanto o nadador Ian Thorpe se viu envolvido também em acusações de doping, conseguindo provar a sua inocência. O caso mais mediático do ano acabou por ser o de Marion Jones: a primeira mulher a conquistar cinco medalhas nuns Jogos Olímpicos admitiu finalmente ter tomado esteróides na preparação para a competição e perdeu assim as honras olímpicas. Resta saber se isto é um sinal de que a luta contra o doping está a ser ganha ou se é apenas a ponta do iceberg…

E de Euro'2007 Futsal. Embora tenha passado despercebido a muito boa gente, foi um dos grandes eventos do ano da UEFA, disputado no norte de Portugal - em Gondomar e Santo Tirso. A selecção de Orlando Duarte esteve muito perto do sonho, mas faltou-lhe algum estofo e caiu nas meias-finais perante a campeoníssima Espanha. Gonçalo Alves foi o melhor português do torneio, ainda distante de conseguir ombrear com Kike, Marcelo, Daniel Ibanez e companhia.

Federer venceu o US Open derrotando Nole na final

F de Roger Federer. O tenista helvético é já um habitué nestas andanças. Mais uma vez provou ser melhor e mais forte que a concorrência, vencendo na Austrália, em Londres e Nova Iorque pelo segundo ano consecutivo e está agora cada vez mais perto de bater o recorde de Sampras em títulos do Grand Slam. Será em 2008 que conseguirá?

G de Guimarães. 2007 foi ano em que o FC Porto conquistou o bicampeonato, mas também fica bem destacar o excelente ano que o V.Guimarães teve. Começou-o quase arredado da luta pela subida de divisão e terminou bem instalado na luta por um lugar europeu. Somando os jogos da Vitalis com os da BwinLiga, o Vitória termina o ano com estatísticas bem interessantes (30J: 17V, 8E, 5D). É impossível dissociar Cajuda desta reabilitação dos vimaranenses.

H de Justine Henin. Depois de um início de temporada algo conturbado - o divórcio do marido, Pierre-Yves Hardenne "roubou-lhe" os primeiros três meses - a belga chegou, viu e venceu... quase tudo. Aos importantes títulos em Roland Garros, no US Open e nos Sony Ericsson Championships apenas faltou juntar Wimbledon para que se pudesse falar em época perfeita. Não foi, mas quase e a sua supremacia, assente num ténis de uma versatilidade sem par, foi tão evidente que não deixou ninguém indiferente.

I de Iraque. Nos finais de Julho, houve festa rija em Bagdad. O Iraque, comandado pelo brasileiro Jorvan Vieira, derrotou a Arábia Saudita (1-0) na final da AFC Asian Cup e conquistou um título continental inédito para o futebol iraquiano. Em Jakarta, o capitão Younis Mahmoud foi o herói dos Leões da Mesopotâmia.

J de Judo. Os judocas portugueses continuam a coleccionar bons resultados em competições internacionais, com Telma Monteiro a afirmar-se como a grande figura da modalidade em Portugal: em 2007, sagrou-se campeã da Europa em seniores (-52 kg), venceu as taças dos Mundo em Lisboa e Vejen (Dinamarca) e foi medalha de prata no Campeonato do Mundo disputado no Rio de Janeiro e nas Taças do Mundo de Moscovo e Paris, encontrando-se já apurada para os JO de Pequim. Ainda no sector feminino, outro dos grandes destaques foi Leandra Freitas, pelo seu triunfo no Campeonato da Europa de Juniores (-48 kg). Já a selecção masculina teve um ano com prestações mais modestas: os pontos altos foram o quinto lugar de João Pina no Campeonato do Mundo e as quatro medalhas na Taça do Mundo de Birmingham, conquistadas por João Pina (3º em -73 kg), João Neto (2º em -81 kg), Diogo Lima (3º em -81 kg) e Hugo Silva (2º em -90 kg).

K de Kaká. Ano ímpar para o futebolista brasileiro, o melhor do Mundo. Kaká ganhou quase tudo o que havia oara ganhar - Liga dos Campeões, Supertaça Europeia e Mundial de Clubes da FIFA - comandando a máquina competitiva que é o AC Milan. Em termos individuais, foi o melhor marcador da Champions e o melhor jogador do torneio nipónico, tendo levado para casa a Bola de Ouro da magazine France Football e fechado o ano com a conquista do prémio de Melhor do Mundo da FIFA.

Os Lobos durante o Hino frente à Roménia

L de Lobos. No ano em que os portugueses descobriram o râguebi, o primeiro grande momento da selecção orientada por Tomaz Morais foi a vitória frente ao Uruguai na eliminatória de acesso ao Campeonato do Mundo de Râguebi, o que lhe garantiu um lugar na história da modalidade como a primeira selecção amadora a qualificar-se para esta competição. Já em França, na prova ganha pela África do Sul, os Lobos emocionaram-se a cantar o hino, mostraram garra em todos os jogos e cativaram os adeptos de râguebi pelo espírito de luta demonstrado. Muito podia ser dito mas para a história ficaram, sobretudo, o primeiro ensaio português (Pedro Carvalho no jogo inaugural, frente à Escócia), a emoção de assistir à haka da Nova Zelândia (e o ensaio suado de Rui Cordeiro) e o ponto alcançado na derrota frente à Roménia. Os Lobos perderam os quatro jogos que disputaram mas é caso para dizer que nem só de vitórias são feitos os campeões!

M de Michael Phelps. O nadador norte-americano de vinte e um anos partiu para o Campeonato do Mundo em Melbourne decidido a conquistar oito medalhas de ouro – e saiu dos mundiais com sete vitórias, "perdendo" a oitava devido a um mergulho precipitado de Ian Crocker na prova de medley por estafetas. O domínio de Phelps na modalidade é tal que, na mesma competição, registou quatro novos recordes mundiais individuais (crawl, mariposa e medley em 200 m e novamente medley em 400 m) e um colectivo (4x200 m crawl). O objectivo para 2008 já está definido: superar a marca de sete medalhas olímpicas de Mark Spitz – e ninguém tem dúvidas que Phelps tem tudo para se tornar na maior referência de sempre na natação.

N de Novak Djokovic. O tenista sérvio foi talvez o maior animador do ano tenístico internacional. Senhor de um ténis exemplar e de um enorme carisma, "Nole" conseguiu intrometer-se na acérrima luta entre Federer e Nadal e, ao mesmo tempo, cativar adeptos um pouco por toda a parte com a sua postura desinibida dentro e fora de court. Em Maio, passou pelo Estoril Open e venceu, tornando-se no segundo mais jovem a consegui-lo.

O de Osaka, Mundiais Atletismo. A um ano dos Jogos Olímpicos de Pequim, os mundiais disputados no Japão no final de Agosto coroaram tanto novos como velhos campeões. Na velocidade, o norte-americano Tyson Gay estragou a festa a Asafa Powell e venceu os 100 e os 200 m (e ainda os 4x100), com o jamaicano a ficar-se pelo bronze na prova rainha (Powell ficou tão frustrado que imediatamente prometeu bater o seu próprio recorde mundial até ao final do ano, o que veio a concretizar logo a 9 de Setembro no Meeting de Rieti, Itália, registando 9,74 s). Nos 110 m barreiras, Liu Xiang voltou a não dar hipóteses à concorrência, enquanto Bernard Lagat, agora norte-americano, se tornou no primeiro homem a vencer os 1500 e os 5000 m nos mesmos mundiais e Alfred Kirwa Yego (Quénia) triunfou nos 800 m pela menor margem de sempre – 0,01 s. No sector feminino, as grandes figuras foram a sueca Carolina Kluft – terceiro título mundial no heptatlo, perfazendo uma série de dezanove eventos sem perder e registando um novo recorde europeu – e a croata Blanka Vlasic, medalha de ouro no salto em altura com 2,05 m.

A morte de Antonio Puerta foi um dos dramas de 2007 no mundo do desporto

P de Antonio Puerta. De Sevilha veio um dos maiores dramas de 2007 que o desporto viveu. A 25 de Agosto, era dia de ronda inaugural do campeonato espanhol e Antonio Puerta caiu fulminado no relvado do Sánchez Pizjuán, durante a partida com o Getafe. Três dias depois, não superando os danos cerebrais que as cinco paragens cardio-respiratórias que sofreu lhe provocaram, Puerta faleceu no Hospital Virgen del Rocío. Para sempre, ficará o golo que mudou a história do emblema sevillista, o célebre 'Puertazo' com que o malogrado futebolista espanhol deu ao Sevilha a sua primeira final europeia.

Q de Quatro Europeus consecutivos para Portugal. Quando em 1995, Portugal venceu a República da Irlanda na Luz, estaríamos longe de imaginar que Portugal partiria para uma presença tão assídua nas fases finais. Depois de quartos-de-final, meias-finais e finalista vencida, a Selecção quer mais em 2008.

R de Räikkönen. Novo na Ferrari e obrigado a habituar-se aos pneus Bridgestone, o piloto finlandês estreou-se da melhor forma, com a vitória no GP da Austrália. Depois, enquanto Hamilton e Alonso andavam às turras e a McLaren era encostada à parede por espionagem à Ferrari, o ‘Iceman’ lançou-se numa brilhante ponta final e garantiu o seu primeiro título mundial com a vitória na emocionante última prova da época (GP do Brasil), para a qual partiu a sete pontos do líder Lewis Hamilton. Ainda que o título tenha sido merecido, Räikkönen tem que fazer dois grandes agradecimentos: em primeiro lugar, a Felipe Massa que, a correr em casa, aceitou colaborar em nome da equipa; em segundo lugar, a Ron Dennis, que não soube gerir a relação entre um bicampeão do mundo – Alonso – e um rookie em ascensão – Hamilton – e assim deixou a porta escancarada para a dupla vitória da Ferrari (campeonatos de pilotos e de construtores).

Uma das imagens do ano: Scolari descarregou em Drago logo ali, no relvado de Alvalade

S de Soco. E de Scolari. É uma das imagens do ano de 2007 e correu o Mundo. Nos descontos do Portugal-Sérvia de apuramento para o Europeu, o seleccionador nacional perdeu a cabeça e agrediu o lateral sérvio Dragutinovic. A atitude inqualificável de Luiz Felipe Scolari valeu-lhe quatro jogos de suspensão por parte da UEFA, que mais tarde se traduziriam em apenas três, e acabou por ser com Flávio Murtosa no comando que Portugal desbravou caminho para a fase final.

T de Ténis Português. Naquele que foi o melhor ano da última década para as cores nacionais, o ténis português viu Frederico Gil consolidar uma posição entre os 150 melhores do planeta e Michelle Brito e Gastão Elias despontarem no panorama mundial. Michelle, de 14 anos, foi autora das maiores proezas, conseguindo a primeira vitória de nível WTA no importante torneio de Miami (à custa da 43ª jogadora mundial) e vencendo o Orange Bowl sub-18; Gastão tornou-se, aos 16, no mais novo a vencer uma prova cotada para o ranking mundial e Gil afirmou-se no circuito challenger, vencendo mesmo o 50000$ de Sevilha. Em suma, um ano muito bom. Mas o futuro promete reservar melhores...

U de Urawa Red Diamonds. Os japoneses foram campeões asiáticos ao derrotarem os iranianos do Sepahan (3-1) na final da AFC Champions League, prova em que tiveram o brasileiro Robson Ponte como seu grande estratega. No Mundial de Clubes FIFA, que organizaram, não contaram com Ponte e acabaram com a medalha de bronze muito por culpa do também brasileiro Washington, melhor marcador do torneio.

Vanessa Fernandes ganhou a etapa de Lisboa da Taça do Mundo de Triatlo

V de Vanessa Fernandes. Em ano pré-olímpico, a melhor atleta portuguesa da actualidade esteve imparável: venceu seis das sete etapas da Taça do Mundo de Triatlo 2007, sagrou-se campeã europeia pela quarta vez consecutiva, arrecadou o título mundial de duatlo e conquistou o Campeonato do Mundo de Triatlo disputado em Hamburgo, terminando o ano no primeiro lugar do ranking à frente da australiana Emma Snowsill, tricampeã mundial. Aos 22 anos, Vanessa Fernandes é já um valor confirmado do desporto português e a grande esperança de uma medalha de ouro nos JO de Pequim em 2008, num circuito onde este ano venceu – de resto, apenas o título olímpico escapa ainda ao seu currículo.

W de WRC. No Word Rally Championship, Sébastien Löeb (Citröen) sagrou-se tetracampeão, um feito só anteriormente alcançado pelas "lendas" Juha Kankkunen e Tomi Makinen. Contudo, a conquista do título pela quarta vez consecutiva não foi tão fácil como nos anos anteriores: Marcus Grönholm (Ford), campeão do mundo em 2000 e 2002, esteve mais regular do que nas épocas anteriores e liderou a tabela do campeonato durante grande parte da época, terminando o ano derrotado mas despedindo-se da competição de cabeça bem erguida. Quanto a Löeb, uma das provas vencidas pelo francês foi o Rally de Portugal, de regresso ao calendário mundial de rallies em sistema de rotação bianual após cinco anos de afastamento. Em termos nacionais, também Armindo Araújo esteve em destaque pela sua participação no WRC na categoria de produção.

X de Xavier Tondo. O grande vencedor da 69.ª edição da Volta a Portugal em Bicicleta. Aos 28 anos, Xavi Tondo viveu os melhores momentos da sua carreira desportiva em Viseu, local onde confirmou o favoritismo que levava para o último dia e arrebatou a camisola amarela. Conhecido por "Raposa", o catalão da LA-MSS soube ser suficientemente matreiro para jogar os seus trunfos apenas na devida altura: atacou na Torre, com a ajuda de João Cabreira, e recolheu a caçada durante contra-relógio, quando tinha apenas Cândido como adversário.

Y de Yelena Isinbayeva. O domínio avassalador da russa no salto à vara continuou em 2007. Em Fevereiro, conseguiu mais um (o 20.º) recorde ao bater a melhor marca de pista coberta e nos Mundiais de Osaka, mesmo a 21 centímetros do seu máximo, voltou a não ter concorrência. E tem apenas 25 anos.

Z de Mauro Zárate. O avançado argentino, actualmente a jogar no Qatar, esteve longe da prestação que esperava ter no Mundial de Sub’20 no Canadá, mas a verdade é que no jogo decisivo, na final frente à República Checa, Zárate marcou o golo da vitória que deu o 6.º Mundial à selecção sul-americana.

Artigo de Livre Indirecto
Publicado às 02:04


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