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terça-feira, setembro 15, 2009

TÉNIS
US Open: 'Puto' maravilha conquista Nova Iorque

» Kim Clijsters triunfou nas senhoras


Foto GETTY IMAGES

Finalmente algum jogador que não Rafael Nadal se atreveu a vencer Roger Federer num torneio do Grand Slam. Juan Martin del Potro foi o autor de tamanha ousadia, ao derrotar o campeoníssimo suíço na final da edição de 2009 do US Open, pelos parciais de 3-6, 7-6(5), 4-6, 7-6(4) e 6-2. O mesmo Del Potro que considerei "ainda não ter estofo" para tal, quando afirmou sentir-se pronto para vencer no Open da Austrália, em Janeiro último, e que soube reconhecer estar a evoluir a olhos vistos, não deixou de surpreender-me pela positiva neste US Open, a ponto de apenas sair de Flushing Meadows com o troféu de campeão nas mãos.

Ao longo da última quinzena, Del Potro encarregou-se de mostrar que os progressos evidenciados não foram obra do acaso e assinou prestações sólidas e convincentes nas rondas inaugurais, antes de exibir o seu melhor ténis na recta final da prova, como é apanágio dos grandes campeões. Depois de um pequeno susto nos quartos-de-final - esteve a perder com Marin Cilic por um set e um break -, o jovem argentino, de 20 anos, passou por cima do regressado Rafael Nadal, nas "meias", vencendo-o por triplo 6-2, e soube resistir a um início inspirado de Roger Federer e ao rude golpe que foi a perda da 3ª partida do encontro do título, dando uma prova de enorme maturidade, ao triunfar nos dois sets decisivos.

E assim, antes mesmo dessa promessa adiada que dá pelo nome de Andy Murray, Del Potro juntou o seu nome à galeria dos vencedores de torneios do Grand Slam, deixando desde já no ar a sensação de que este poderá ter sido apenas o primeiro de muitos. Terá de preparar melhor o seu jogo para outras superfícies que não estes hardcourts, é certo, mas a margem de progressão é tão grande que mais não faz que dar asas ao sonho de menino.


» Clijsters arrasa no torneio feminino


Foto GETTY IMAGES

O caos que se vive actualmente no ténis feminino já deixava antever a possiblidade de uma vitória belga neste US Open. E não estou, naturalmente, a falar da supreendente Yanina Wickmayer, titular do Estoril Open e semi-finalista em Flushing Meadows. Sou, de resto, o primeiro a deliciar-me com a vitória de Kim Clijsters neste quarto e último Grand Slam da temporada e a atribuir-lhe imenso mérito, mas chega a roçar o ridículo que uma tenista - entretanto mãe - regressada após uma ausência de dois anos e meio seja capaz, em tão curto espaço de tempo, de somar grandes vitórias sobre as actuais tenistas de topo.

Foi assim em Cincinnati, onde bateu Marion Bartoli (13ª WTA), Patty Schnyder (20ª) e Svetlana Kuznetsova (), voltou a repetir-se fugazmente em Toronto, frente a Victoria Azarenka (), e assumiu contornos épicos em Nova Iorque, com as vitórias sobre Marion Bartoli, Venus Williams (), Li Na (19ª), Serena Williams () e Caroline Wozniacki (), respectivamente.

É certo que Clijsters não perdeu o seu poder de fogo e parece mais ágil do que antes da retirada (provisória), mas nem a esperada falta de ritmo foi notória nos primeiros encontros após o regresso. A verdade nua e crua é que o circuito feminino estagnou. Está, actualmente, cheio de jogadoras capazes de "castigar" a bola...exclusivamente. Não há capacidade de variação, nem há consistência de jogo suficiente para que uma tenista se torne verdadeiramente ameaçadora. Por isso Clijsters chegou, viu e venceu. Melhor era impossível e a belga já tem tantos títulos do Grand Slam em dois meses como em toda a restante carreira.

Pela negativa, este US Open feminino ficou ainda marcado pelo triste incidente protagonizado por Serena Williams, na sua partida das meias-finais. A norte-americana ficou furiosa com um falta de pé que deu dois match-points a Clijsters e, ao bom estilo de John McEnroe, resolveu ameaçar que enfiava "a bola pelas goelas abaixo" da juiz-de-linha responsável pela marcação da falta, antes de disparar um "vou-te matar" que lhe valeu uma segunda advertência e consequente ponto de penalidade. A partida ficou imediatamente concluída com a vitória de Clijsters e Serena acabou por deixar o torneio pela porta pequena. Felizmente para ela, os responsáveis do circuito têm mão leve e a sanção aplicada à mais nova das Williams não passou de uma multa irrisória face aos ganhos acumulados ao longo da prova.

Os circuitos masculino e feminino atravessarão agora um pequeno interregno de grandes provas, antes da disputa dos decisivos Masters Series/Premium Events (Xangai e Paris, no ATP World Tour, e Tóquio e Pequim, no WTA Tour), que se revelerão decisivos no preenchimento das últimas vagas para os campeonatos finais da ATP e WTA.

Artigo de Carlos Morais
Publicado às 22:00


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