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+ A quem é que devemos agradecer por termos assistido a uma final como estas? É que os deuses do futsal devem também eles estar loucos. A final a cinco jogos do Nacional da 1.ª Divisão foi qualquer coisa de extraordinário e deveria acabar com dois vencedores. Tanto Benfica como Belenenses foram protagonistas da maior propaganda feita à modalidade nos últimos anos. Pena as ondas levantadas por Alípio e pelos azuis - não estou a dizer que não tenham, em parte, razão. Ganhou o Benfica: 4-3 na finalíssima. Ganhou a negra porque tem jogadores que, na hora da verdade, estão mais rotinados e não falham. Ganhou porque tem um futsalista estratosférico como Ricardinho. Ou porque tem Pedro Costa. Mas ganharam todos os protagonistas: de Miguel Almeida a Bebé, de Gonçalo a Paulinho, de Marcão a César Paulo, de Arnaldo a Cary.... Ganharam todos. Ganhámos nós.

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+ A decisão da Confecup trouxe-nos o melhor jogo do torneio. Valeu a pena esperar. O Brasil bateu na final os Estados Unidos (3-2), revalidou o título conquistado há quatro anos na Alemanha e chegou ao tri. A final de Joanesburgo teve uma figura - o fabuloso Luís Fabiano -, um grande momento - o festejo religioso de Lúcio no golo do título - e um hino ao bom futebol - o golo perfeito de Donovan. Para registo: os EUA foram a surpresa da prova, Kaká, Fabiano, Maicon, Dempsey e Villa foram os jogadores do torneio. E Dunga, o mal-amado, mesmo sem convencer, leva mais uma para casa, a juntar à Copa América. Em 2010 se verá se este Escrete tem arcaboiço para chegar ao hexa.

Foto MIGUEL BARREIRA - RECORD

+ A batalha de Alcochete representa, sobretudo, um dia triste para o nosso desporto e o nosso futebol. Lamentável. Decidia-se o título de Juniores e pode até ficar tudo por decidir, sem campeão nacional encontrado. E pode ficar o título por atribuir por causa de pessoas que podem ter enorme paixão pelo jogo ou pelo clube que defendem, mas que têm atitudes que provam que estão a mais no futebol. Não se trata de claques no geral, não se trata de atribuir responsabilidades ao policiamento, a um dos lados ou aos dois. O principal a reter é que mentalidades destas não deviam fazer parte do desporto. E fazem. Se me desloco a um recinto desportivo, é para assistir a um bom espectáculo, para desfrutar daquele momento. E não para, de um momento para o outro, ver uns quantos a desatar à pedrada contra outros tantos... Enquanto houver destas mentalidades, é natural que o adepto comum comece a ponderar melhor e a afastar-se dos recintos.

Foto MANUEL SOUSA - FUTSALPORTUGAL

+ Aí está o Belenenses a provar que eu estava bem errado quando disse que o Benfica arrancou no último sábado para o mais que previsível tricampeonato. De previsível esta final a 5 tem tido muito pouco. Os Conquistadores ganharam o terceiro jogo (3-2) e encontram-se agora na 'pole position' para conquistarem pela primeira vez o título nacional. Paulinho, Miguel Almeida e Marcão foram as figuras dos azuis, que têm encontro marcado com a história no Acácio Rosa, pelas 18 horas deste domingo. Se vencerem, fecham a decisão e são campeões. Se André Lima e companhia ainda querem ter uma palavra a dizer, têm que vencer hoje e forçar a negra. Vai ser o jogo do ano. Vejam.

+ De salientar ainda que a tarde deste sábado foi um luxo para quem acompanha de perto a modalidade, com as decisões das Taças Nacionais. Os Restauradores Avintenses, de André Teixeira, a muito custo lá ganharam pela primeira vez na história a Taça Nacional Feminina, sucedendo ao Benfica na galeria de vencedores, enquanto os Piratas Creixomil estragaram a festa do Lamas Futsal e levaram o título da 3.ª Divisão para mais a Norte. Na Formação, os juniores do Freixeiro provaram por que motivo aviaram o Sporting nas meias-finais (11-3) e enfiaram 12-0 (!) ao ABC Nelas na final; em juvenis, o título também foi para a AF Porto, com a Cohaemato a derrotar, em Leça, o Sporting (4-2).

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+ O defeso está no ponto alto e já há caras novas no futebol português prontas a gerar grande entusiasmo. Matías Fernández chega para ser patrão do futebol ofensivo do Sporting e é uma delas, embora pessoalmente ainda esteja um pouco desconfiado deste negócio. 'Matigol' é internacional chileno, figura da sua selecção e vem para fazer aquilo que Romagnoli se escusou a fazer nas duas últimas épocas: carregar e coordenar a equipa do meio-campo para a frente. Veremos se corresponderá às exigências de Paulo Bento.

+ A outra figura destes últimos dias de mercado é Javier Pedro Saviola. Depois de, em anos anteriores, ter feito parte de algumas novelas e ter preenchido algumas capas de jornais, o argentino desta vez vem mesmo, podendo reeditar com Aimar a dupla que ainda está na memória dos adeptos do River. Se estiver ao nível que apresentou há bem pouco tempo no Sevilha, Saviola é avançado de marcar 10 a 15 golos na Liga, sem grande dificuldade. Tem características únicas para vingar... mas Suazo também as tinha. O melhor mesmo - como sempre - é esperar para ver.

+ Enquanto isso, o Porto prepara-se para perder Lucho e Lisandro. Talvez os dois para o futebol francês. 'El Comandante' é muito pretendido pelo Marselha, que já fez saber que tem dinheiro para o centro-campista, enquanto Licha continua a ser namorado por um Lyon que quer recuperar a hegemonia perdida. Para compensar estas eventuais perdas, os dragões continuam ao ritmo do tango: pensam em Diego Buonanotte, craque do River, e vão à luta pelo colombiano Radamel Falcao, também ele avançado dos millonarios.

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+ Começo por justificar o título: ganhou o futebol porque não teria o mínimo interesse uma final da Confederações entre Estados Unidos e África do Sul. Uma decisão com o Brasil já agrada mais. Os Bafana Bafana hoje até mereciam melhor sorte, efectivamente mereciam, mas não deixam de ter uma selecção fraquíssima para quem recebe uma prova com o gabarito de um Mundial. Joel Santana ainda vai passar por muitas, se ficar até 2010. Esta noite, no Ellis Park, foi um grande livre directo de Dani Alves que carimbou a passagem do Escrete, que esteve longe de convencer como contra a Itália. Domingo, se os canarinhos estiverem tão pouco predispostos como hoje, os EUA de Dempsey podem até ter uma palavra a dizer.

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+ O futebol tem destas coisas. Quando o improvável acontece, até é possível que os Estados Unidos afastem a imparável Espanha da decisão da Taça das Confederações da FIFA. Quando toda a gente pensava que Dempsey e companhia já tinham feito muito ao conseguirem atingir as semi-finais, eis que estes colocam um ponto final na impressionante série de 15 vitórias seguidas da campeã europeia. Dois a zero. Golos de Altidore e Dempsey, ambos com muitas facilidades da defensiva da Roja. Os americanos têm todo o mérito neste apuramento, mas não deixa de ficar um amargo de boca a quem queria uma final entre espanhóis e brasileiros. Sim, eles puderam.

» Nadal é baixa de vulto


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Começa hoje aquele que muitos consideram o maior torneio de ténis do mundo: "Wimbledon, The Championships". Se a tradição pudesse imperar, caberia a Rafael Nadal, campeão vigente, a honra de abrir as hostilidades na 123ª edição da prova que se disputa nos courts do All England Club, em Londres.

Contudo, o espanhol e nº1 mundial é a grande baixa do torneio, a contas com uma tendinite crónica nos joelhos, pelo que Roger Federer, vencedor de 5 edições e grande favorito à reconquista do ceptro que lhe escapou na edição transacta, será o primeiro a actuar no renovado court central, finalmente dotado de um tecto amovível.

Embora apenas face a Yen-Hsun Lu, tenista oriundo de Taipé, o helvético inicie a sua temporada em relva, este não deverá ter grandes dificuldades em garantir a passagem à 2ª ronda. Aliás, o percurso de Federer rumo ao título e ao 1º lugar do ranking parece não ter obstáculos particularmente difíceis, sendo previsível que venha a ter de bater-se com Robin Soderling ou Feliciano Lopez, na 4ª ronda, Jo-Wilfried Tsonga, Ivo Karlovic ou Fernando Verdasco, nos quartos-de-final, e Novak Djokovic ou Tommy Haas, nas “meias”, antes de um possível embate com o favorito da metade superior, Andy Murray, na final da prova.

O escocês chega a Londres muito moralizado, depois da convincente vitória no emblemático torneio de Queen’s, e é um dos maiores beneficiados pela desistência de Rafael Nadal. Sem o espanhol no seu caminho, Murray deverá ter em Marat Safin ou Stanislas Wawrinka (oitavos-de-final), Fernando Gonzalez ou Juan Carlos Ferrero (“quartos”) e Andy Roddick ou Lleyton Hewitt (“meias”) os seus principais adversários.

Os ingleses anseiam pela vitória de um tenista britânico no seu torneio, algo que não acontece desde o longínquo ano de 1936, quando Fred Perry se impôs na relva londrina. Uma verdadeira prova de fogo, portanto, para um jogador que tem prometido muito, mas que tem sido incapaz de exceder-se nos grandes momentos.

Já Frederico Gil volta a ser o único representante masculino português em Wimbledon, depois de Rui Machado ter caído na penúltima ronda da prova de qualificação, após desperdiçar dois match-points frente ao eslovaco Lukas Lacko, entretanto qualificado. O pupilo de João Cunha e Silva tentará, frente ao sempre complicado francês Paul-Henri Mathieu, obter a sua primeira vitória em quadros principais de eventos do Grand Slam.

No capítulo feminino, é inevitável colocar as irmãs Williams na linha da frente nas candidatas à vitória final. Uma delas, Serena, vai apadrinhar a estreia de Neuza Silva em provas de Grand Slam, pelo que não se augura grande sorte à orientada de Paulo Lucas, protagonista de um qualifying sensacional.

As atenções portuguesas centram-se igualmente em Michelle Larcher de Brito, que tentará em Londres melhorar a performance tida em Paris (3ª ronda). O mediatismo em torno da jovem lusa tem sido enorme, agora exponenciado pelo lamentável episódio criado pela francesa Aravane Rezai em Roland Garros, pelo que também os organizadores prometeram tê-la debaixo de olho e, se necessário, aplicar penalizações por “ruído excessivo”.

Convém referir que, caso levem avante esta palhaçada, correrão o sério risco de abrir um precedente e terão (terão mesmo?), forçosamente, de incluir Serena Williams e Maria Sharapova na lista das penalizadas e, claro está, começar a punir os excessivos batimentos de bola aquando da execução do serviço ou o recurso desmesurado à toalha entre pontos, entre outras coisas. Mas aqui, como em tudo, é mais fácil atacar o elo mais fraco.

De volta às favoritas, Ana Ivanovic e Jelena Jankovic, que há um ano lutavam pelo trono do circuito feminino, estão agora fora de forma e dificilmente poderão ambicionar ao título, o mesmo acontecendo com Sharapova. Assim sendo, restam Dinara Safina, Svetlana Kuznetsova, Victoria Azarenka ou Caroline Wozniacki, mas actualmente nenhuma delas parece ter estofo para ombrear com as irmãs nesta superfície de relva.

Durante a próxima quinzena, contudo, a principal pergunta que andará nas bocas do mundo tenístico será “Roger Federer vai ou não vencer Wimbledon, bater o recorde de Pete Sampras e voltar ao primeiro lugar do ranking?”. Não perca, pois então, os principais desenvolvimentos desta 123ª edição de Wimbledon, possivelmente a partir da SportTv, já que o Eurosport, canal de ténis por excelência, continua arredado do mais antigo torneio de ténis do planeta.

Foto UOL ESPORTE

+ O Imperador voltou. Com ele, o Flamengo renasceu das recentes humilhações que colocavam todo o plantel em xeque e brindou o Internacional com um esclarecedor 4-0. Quis o destino que a grande noite de Adriano neste regressou ao Brasil fosse contra um Inter, o de Porto Alegre. Foram três os golos da polémica estrela do Mengão, que ainda teve tempo para se pegar com Ibson aquando da marcação do penálti que completou o hat-trick. Tudo isto no dia em que o sérvio Petkovic, ídolo da torcida, voltou a vestir de rubro-negro, aos 36 anos.

+ É esta a magia do Brasileirão: tanto se está na sarjeta, como no dia seguinte se está no topo. Adriano voltou e envergonhou a equipa cheia de suplentes do Colorado. À boleia do resultado gordo do Maraca, o Atlético Mineiro de Tardelli ganhou ao Santos (3-2), na Vila Belmiro, e assumiu a ponta da classificação. Num jogo muito polémico, bem ao jeito de trama de novela, o árbitro foi protagonista nos descontos e acabou por expulsar o ex-benfiquista Léo. É caso para dizer que é preciso ter Galo.

Foto MANUEL SOUSA - FUTSALPORTUGAL

+ Parece que, como disse e bem o caro Luís Vieira nos comentários ao texto de ontem, avancei com previsões demasiado cedo. Mas é também por isto que a modalidade em que estou inserido me fascina tanto. O Belenenses ganhou na Luz (3-2) e aqueceu a discussão pelo título do Nacional de Futsal. Mesmo com o Benfica moralizado pela goleada de ontem, os de Alípio souberam ser mais solidários como equipa, tiveram um Miguel Almeida de classe mundial, anularam as principais armas do adversário e acabaram por vencer com toda a justiça. Agora, no Acácio Rosa, teremos dois jogos que ninguém vai querer perder. A final a 5 está relançada.

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+ Quem diria que os Estados Unidos conseguiriam estar nas meias-finais da Confecup? Conseguiram mesmo. Bateram um irreconhecível Egipto por 3-0 e, graças ao melhor saldo nos confrontos com italianos e egípcios, atiraram com a Itália borda fora. A Squadra Azzurra foi completamente vulgarizada (0-3) por um Brasil que teve momentos de pura recreação e saiu pela porta pequena do mini-torneio da África do Sul. Luís Fabiano, Kaká e Robinho jogaram muito à bola. Nas meias, o Brasil irá passar a ferro a selecção de Joel Santana, enquanto Dempsey e companhia têm o prémio de desafiar o recorde da campeã europeia Espanha. Os finalistas todos são capazes de apontar.

» Segunda vitória da temporada para Vettel


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+ Depois de uma sequência de quatro vitórias consecutivas, o domínio da Brawn GP foi finalmente interrompido: mais rápida durante todo o fim-de-semana, a Red Bull saiu do (aparentemente) último Grande Prémio de Fórmula 1 em Silverstone com a segunda dobradinha da época, liderada pelo alemão Sebastian Vettel. A Red Bull merece certamente um aplauso por ter quebrado a monotonia em que o campeonato de Fórmula 1 estava a cair...

+ Num fim-de-semana mais marcado pelos acontecimentos fora da pista - com a FOTA a recusar as condições impostas pela FIA para a entrada no campeonato do próximo ano e a ameaçar organizar uma nova categoria de automobilismo - do que pelos feitos dos pilotos, Sebastian Vettel garantiu a saída para a prova na pole position graças a uma excelente qualificação na tarde de ontem. O seu companheiro de equipa, por outro lado, viu uma das suas voltas lançadas prejudicada por Kimi Räikkönen e teve que se resignar à terceira posição da grelha de partida, atrás de Rubens Barrichello. Após uma largada sem incidentes, e com Webber 'preso' atrás de Barrichello, Sebastian Vettel rapidamente construiu uma excelente vantagem sobre os seus perseguidores, tendo-se limitado a gerir a prova até ao final para oferecer a segunda vitória da época à Red Bull e, assim, redimir-se do erro na Turquia. No último lugar do pódio, atrás do outro Red Bull, terminou Barrichello, que, efectivamente, nunca conseguiu acompanhar o ritmo de Webber após ter sido ultrapassado pelo australiano na sequência do primeiro reabastecimento. O quarto lugar ficou entregue a Felipe Massa (Ferrari), talvez a grande figura do dia pelo excelente resultado após ter largado apenas da 11ª posição da grelha de partida. Nico Rosberg (Williams) foi o quinto classificado, enquanto o líder do mundial, Jenson Button (Brawn GP), encerrou um fim-de-semana menos bom com o sexto lugar no 'seu' Grande Prémio. Nos últimos lugares pontuáveis terminaram Jarno Trulli (Toyota) e Kimi Räikkönen (Ferrari), sétimo e oitavo classificados, respectivamente.

+ No mundial de pilotos, e apesar dos 'pontos perdidos' com o resultado de hoje, Jenson Button continua na liderança com uma sólida vantagem de vinte e três pontos sobre o seu companheiro de equipa, Rubens Barrichello, e de vinte e cinco pontos sobre o terceiro classificado, Vettel. Em relação ao mundial de construtores, a Brawn soma agora 105 pontos contra os 74,5 da Red Bull.

+ A próxima prova do calendário está marcada para dia 12 de Julho, no circuito de Nürburgring (Alemanha). A dobradinha de hoje da Red Bull deixa em aberto a possibilidade de um desafio mais feroz à supremacia da Brawn mas, por outro lado, uma corrida menos boa não implica orbigatoriamente um declínio na competividade da equipa. Nesse sentido, será certamente interessante acompanhar o próximo Grande Prémio de Fórmula 1 - e, nos entretantos da espera, sugere-se o acompanhamento do desenrolar da novela FOTA/FIA que poderá mudar a história da Fórmula 1 para sempre...


» FÓRMULA 1: Classificações

GP Inglaterra
Mundial de Pilotos
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+ Quem tem David Villa não brinca em serviço. Nem mesmo quando pouco ou nada está em jogo. A Espanha alcançou o recorde mundial de 15 vitórias consecutivas, derrotando a África do Sul (2-0) e selando a vitória no Grupo A da Confecup. À selecção anfitriã cabe o brinde de seguir em frente para as meias, porque o Iraque não foi capaz de marcar qualquer golo em prova, nem tão pouco à inócua Nova Zelândia. Villa, que até falhou um penálti, foi figura da Roja e cumpriu o terceiro jogo a marcar. Será que 'El Guaje' vai em breve superar Raúl González? Está a 13 golos da marca do capitão do Madrid. A continuar assim, não duvido.

Foto MANUEL SOUSA - FUTSALPORTUGAL

+ Parece claro que é uma questão de tempo a que separa o Benfica do tricampeonato nacional de futsal. O resultado (6-2) e, sobretudo, a exibição desta tarde diante do Belenenses não deixam ninguém a pensar de outra forma. André Lima tem Ricardinho, Pedro Costa, César Paulo, Gonçalo e ainda um banco com Zé Maria, Vilela ou Marçal, entre outros. E quando se tem tudo isto, entre indiscutíveis e segundas linhas, está-se sempre mais próximo de conquistar tudo. Alípio Matos sabe-o e, apesar de também ter montado um bom plantel, está consciente que o Belenenses só se deve focar em tentar dignificar ao máximo a final e tentar vencer o jogo em casa. É que o Benfica, vencendo amanhã, fica a uma vitória no Restelo de selar o mais que previsível título.

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+ É verdade: hoje faz 10 anos que o Beira-Mar conquistou a única Taça de Portugal do seu historial. Não podia deixar de registar o momento. Como o tempo passa!... Posso confessar que só me lembrei da efeméride porque na passada quarta-feira vi a glória aveirense Jorge Neves num centro comercial. Foi a 19 de Junho de 1999, diante do saudoso Campomaiorense, que os aurinegros escreveram a página mais bonita de todas as que fazem parte da história do clube. Veio tudo do pé esquerdo de Ricardo Sousa, filho de António. E das luvas de Palatsi. Da raça de Lobão e Caetano. Da entrega de Neves, Gila e Fernando. Até do então trapalhão Fary. De todos eles. E a Taça acabou por vir das mãos do Doutor Jorge Sampaio para as do patrão Fusco. No mínimo épico. Inesquecível.

+ A que ficou conhecida como a "final do povo" foi uma enorme festa no vale do Jamor, apesar dos 36 ºC que abafaram o dia. Tinha 14 anos e estive lá, entre mais de dez mil aveirenses com a dita "febre amarela". Lembro-me que forcei até à última junto dos pais uma ida a Lisboa e acabei por pagar quatro contos - bem caro para a altura - pelo bilhete para a tribuna tirado em cima da hora, enquanto alguns colegas meus compraram o deles atempadamente por 500 escudos. Valeu cada centavo, caramba. A viagem para Norte, num cortejo que parecia que não acabava e com as rádios a repetirem vezes sem conta o relato do golo, também ficou na memória. O arraial, esse, só acabou por volta das três da madrugada, com a cidade de Aveiro pintada de amarelo de alto a baixo. Digo-vos muito sinceramente: foi a maior alegria desportiva que tive na vida. Aquele trajecto que acompanhei sempre ao vivo, no velhinho Mário Duarte, desde os 7-0 ao Portomosense à eliminação do V.Setúbal, é uma das histórias que quero contar aos netos. Porque foi há 10 anos mas é como se tivesse sido ontem.

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+ Já estava na hora da Taça das Confederações ganhar outra devoção. Ao quarto dia de competição, o Egipto não passou qualquer cartão ao favoritismo da Itália e fez aquilo que já tinha ameaçado contra o Brasil: ganhou. Ganhou sem deslumbrar, ganhou sem fazer um jogo tão apelativo como na estreia e ganhou fruto de uma bola parada, mas ganhou bem. Com esta vitória, os de Shehata deixam os azzurri com as calças na mão para o último jogo com o Escrete. Levantam-se as vozes dos que defendem que em 2010 o 'outsider' do Mundial virá do continente africano. Até nem pode vir da chamada África Negra. Estes Faraós, para quem viu as duas últimas CAN e tem visto este torneio, têm futebol, organização, sentido colectivo e capacidade física mais do que suficiente para reclamarem o seu papel de destaque no África do Sul'2010. Fica assente a minha aposta.

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+ 2008/2009 acabou há pouco mais de duas semanas e o ponto de situação não pode ser diferente deste: se o mercado internacional está louco, o nacional está estranho. Digo estranho porque não é normal o que se está a passar. Não é normal um lateral-esquerdo render milhões e mais milhões em meio ano, não é normal tanta novela em torno de um treinador que ainda não foi apresentado e já tem tanta responsabilidade em cima dos ombros. Assim como é estranho falar-se outra vez de Nani ou Quaresma, ou como é estranho o Benfica estar disposto a gastar milhões num guarda-redes quando tem dois de Selecção. Há coisas que não percebo. Mas é o que temos.

+ O caso particular de Aly Cissokho assume contornos de "conto de fadas". De um Setúbal sem verbas para nada até um milionário Milan, vão duas ou três grandes exibições ao serviço do clube português com maior projecção lá fora. Agora divide opiniões: os que acham que os rossoneri enfiaram um grande barrete de um lado; os que se congratulam pela venda de um jogador que lhes caiu no goto por outro. Eu fico-me ali pelo meio. Sim, Cissokho pegou de estaca no FC Porto. Mas, quanto a mim, não é o que querem fazer dele. Não será, a curto prazo, o titular da selecção francesa. Em poucas linhas, porque as boas exibições frente ao Manchester não apagam o que de mau fez com o Atlético em Madrid. Acho que Cissokho defende mal. Mas está no campeonato certo. Em Itália, se jogar com regularidade, vai melhorar bastante. Para já, umas arrancadas vigorosas pela esquerda não justificam este alarido todo. Nem tão pouco os 15 milhões.

+ Se o jackpot Cissokho é um dado adquirido, os boatos são mais que muitos e as novelas continuam a não faltar. É Miguel Veloso para o Bolton, é Miguel Veloso para o City, é Andújar a preferir o Catania, é o Sevilha atrás de Lisandro, fala-se outra vez de um Weldon que há uns meses se deixou escapar, há Caicedo para desviar as atenções e até já há quem acredite numa 'florentinada' do Madrid por João Moutinho. O que vale é que a novela Jorge Jesus promete ocupar a actualidade desta terça-feira. Dá para acalmar um pouco. Mas não me tira da cabeça a impressão que Jesus, olhando para os últimos treinadores do Benfica, é o que já carrega a sua cruz mesmo sem ter começado a trabalhar. Terá vida mais complicada que Santos ou Quique, mesmo que venha a ter melhores soluções e melhor plantel. Depois me dirão.

+ Com tanto tema de conversa, ia-me esquecendo de quem trabalha bem na sombra. Fala-se que o Braga, que deverá ser de Domingos Paciência, anda de olho em Carlão, revelação da U.Leiria. E já viram o Nacional? Numa semana, acertaram com Anselmo (E.Amadora), Ruben (Leixões) e Miguel Pedro (Académica). E Rui Alves ainda não foi ao Brasil fazer aqueles negócios que só ele consegue... Depois queixem-se que o 'machadês' entra de vez na gíria do futebol.

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+ Assim está melhor. O segundo dia da Taça das Confederações já teve qualquer coisa de Mundial. Foi só um cheirinho mas valeu a pena. Da parte da tarde, o espectáculo dado por dois dos campeões continentais foi de alta qualidade. Ganhou o Brasil (4-3), apesar da excelente réplica do Egipto. Os Faraós venderam cara a derrota - nada de espantar para quem acompanhou as últimas duas edições da CAN - e é essa a principal nota de destaque da partida. Acreditaram mesmo até aos descontos. No entanto, o Escrete acabou por ser mais forte e vencer com um penálti de ouro de Kaká. Dunga, o seleccionador que tem sempre que mostrar mais do que os outros, sabe que, para já, leva 'satisfaz'. Para convencer mesmo, terá que limpar a Itália no próximo domingo.

+ A Itália, essa, derrotou os Estados Unidos (3-1). Foi a mesma Itália de sempre. A mesma Itália do jogo inaugural deste tipo de torneios: sensaborona, displicente e até com pouca vontade. Só que também com o sentido prático de sempre. O pragmatismo que a faz ir para o intervalo a perder (e a jogar com um a mais) e regressar para uma segunda parte a um nível bem mais aceitável. Giuseppe Rossi foi o homem da reviravolta, especialmente pelo excelente golo que deu o empate. Depois, vale a pena dizer que quem tem um meio-campo com De Rossi e Pirlo tem fortes probabilidades de ganhar mais vezes. Acaba por ser natural.

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+ A Taça das Confederações começou este domingo e podia muito bem passar já para as meias-finais. Certamente que ninguém daria por ela. O torneio serve, sobretudo, para saber se está tudo mais ou menos apostos na África do Sul para o Mundial'2010, mas desportivamente tem pouca importância e mostra um desnível tremendo entre as diversas confederações.

+ Hoje, em ritmo de passeio, a Espanha passou por cima da Nova Zelândia (5-0). Só não foram mais porque os espanhóis não quiseram forçar a nota. Fernando Torres, um dos craques que promete agitar o mercado deste Verão, assinou três golos em dez minutos. O quinto golo da Roja (ver) mostra bem a incapacidade dos neozelandeses para esta coisa do pontapé na bola: David Villa, outro dos agitadores do defeso, marcou o golo mais fácil da sua carreira. Demasiado fácil. Os espanhóis só têm interesse pelo torneio por causa de um eventual reencontro com a Itália ou por um teste mais a sério com o Brasil. Até lá, vão recreando-se.

+ O outro jogo do dia trouxe um nulo entre a anfitriã África do Sul e o Iraque. Também aqui não dava para muito mais. Vale que o pessoal já anda com sede de futebol e, em época baixa, vê tudo o que lhe aparece à frente. E a FIFA, mesmo sabendo que o torneio é medíocre, lá vai ganhando algum com a publicidade e as televisões. Amanhã, o Brasil testa os bicampeões africanos - Egipto - e pode ser que já haja mais futebol. Mas até os craques, bastante sobrecarregados, devem ter pouca vontade de alinhar nesta propaganda da FIFA.

» Há acordo entre clubes para transferência astronómica


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+ Meio Mundo acordou sobressaltado com a notícia: 92 milhões de euros (!) é o preço a pagar pelo Real Madrid para contratar Cristiano Ronaldo ao Manchester United. É mesmo verdade aquilo que foi veiculado no Verão de 2008 e o craque português vestirá de blanco em 2009/2010. O United autorizou as negociações entre os merengues e o jogador. Será a transferência mais cara de sempre do panorama futebolístico.

+ Se Ronaldo faz bem ou mal, não sei precisar. Tenho a certeza (ao contrário de outros) que continuará a ser um dos maiores craques da bola, no que passará a ser tido como o melhor campeonato do planeta. Depois de ganhar tudo ao serviço do Man Utd, acho que estava na hora de Ronaldo procurar outros desafios, sob pena de ver estagnar a sua ambição aos 24 anos. Poderá voltar um dia a Old Trafford, onde já está entre os imortais. No Bernabéu, no agora renovado Madrid de Pérez, ainda terá algo a provar. E aposto que vai conseguir.

» Nulo sem história em particular de estreias


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+ Se Queiroz acha que a atitude foi brilhante, não sei o que achar da prestação de Portugal na Estónia. Serviu para promover a estreia na Selecção de alguns jogadores e dar minutos a outros tantos. Eliseu teve uma estreia bem cinzentona, enquanto Beto foi o melhor luso e Zé Castro deixou bons apontamentos e sinais de que é hoje um jogador bem mais maduro. De resto, jogo de fim de estação. Do mal o menos: não se saiu de Tallinn com uma derrota que podia fazer corar. Mas isto é ser brilhante?

» Roger Federer venceu Roland Garros e igualou Pete Sampras


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Rafael Nadal estendeu a passadeira, Roger Federer fez questão de aproveitar. Afinal, o espanhol tinha mesmo razão quando, depois da choradeira que o suíço protagonizou na final do Open da Austrália, afiançou "tenho a certeza que em breve igualarás e baterás o recorde de Pete Sampras". Só não esperaria, certamente, é que fosse tão cedo. Mas, faz hoje 8 dias, o tetra-campeão na terra batida parisiense esteve irreconhecível, enfrentou um adversário (Robin Soderling) em estado de graça e um público ridiculamente faccioso e...perdeu. Ao fim de 31 jogos em Roland Garros e, pela primeira vez na carreira, num embate à melhor de 5 sets disputado sobre "pó de tijolo".

Pois bem, Roger Federer não desaproveitou esta oportunidade única, numa era em que muito poucos são os tenistas capazes de lutar por um Grand Slam e menos ainda os capazes de fazê-lo em terra batida. Pese embora alguns sobressaltos pelo caminho (Tommy Haas e Juan Martin del Potro quase o surpreenderam), o suíço ergueu a sua primeira Taça dos Mosqueteiros e tornou-se apenas no segundo jogador da história da modalidade a conquistar os 4 títulos do Grand Slam em pisos distintos (Agassi é o outro) e a vencer 14 troféus em provas desta categoria (em igualdade com Sampras, como referido).

Hoje, num court Phillipe Chatrier cheinho à espera da consagração do suíço, Federer enfrentou pouca resistência do mesmo Soderling que surpreendera Nadal, Ferrer, Davydenko e Gonzalez. Três parciais - 6-1, 7-6(1) e 6-4 - bastaram para o suíço confirmar o seu favoritismo e vencer pela primeira vez em Roland Garros, curiosamente no ano em que pior jogou em terra batida. Mas o que é facto é que esteve lá quando Nadal falhou, o que era, à partida, o requisito necessário para triunfar em Paris.

E, já dentro de 15 dias, terá no mítico torneio de Wimbledon, que na edição transacta foi palco de um dos melhores e mais emotivos duelos da história da modalidade, nova prova de fogo. Em 2008, Nadal beneficiou claramente da embalagem levada de Paris para se impor na relva londrina. Este ano, num cenário bem diferente, dificilmente o maiorquino repetirá a graça, partindo Federer como claro favorito à conquista do seu sexto título no All England Club e, consequentemente, de um inédito 15º título em provas do Grand Slam.

» Mais uma vez... Button


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+ Está visto que Jenson Button e o seu Brawn GP não têm rivais à altura: em Istambul, a prestação sem erros do piloto britânico garantiu-lhe o quarto triunfo consecutivo e a sua sexta vitória da época em sete provas disputadas (um registo de início de temporada que o iguala às lendas Jim Clark e Michael Schumacher). Embora tenha beneficiado de um erro de Sebastian Vettel (Red Bull) no início do Grande Prémio, Button foi, mais uma vez, um justo vencedor pela excelente gestão da sua corrida e continua a afirmar-se como a grande figura da época 2009 de Fórmula 1.

+ No entanto, o fim-de-semana de Button não foi completamente perfeito: na qualificação de ontem, o inglês viu a pole position ser arrebatada por Vettel, tendo que se resignar a sair para a corrida da segunda posição da grelha de partida. O alemão, o único que esta época já conseguiu bater Jenson Button, até largou bem mas uma saída de pista ainda na primeira volta entregou de bandeja a liderança - e a vitória - ao piloto da Brawn. Se Button teve sorte, o seu companheiro de equipa, Rubens Barrichello, bem pode novamente queixar-se do azar: problemas no arranque relegaram-no da terceira para a décima terceira posição e, ainda que tenha protagonizado alguns dos melhores momentos da prova na sua ânsia de recuperar lugares, acabou por ser obrigado a abandonar a corrida naquela que foi a primeira desistência da Brawn esta época. Mark Webber (Red Bull), quarto na grelha de partida e, logo, o mais beneficiado pelos problemas do brasileiro, terminou a prova como segundo classificado após a decisão da Red Bull de manter o seu colega de equipa numa estratégia de três paragens nas boxes. Sebasian Vettel ficou-se assim pela terceira posição final, superando Jarno Trulli (Toyota) e Nico Rosberg (williams), quarto e quinto classificados. Em mais um fim-de-semana decepcionante para a Ferrari, Felipe Massa não foi além do sexto posto, enquanto Kimi Räikkönen, nono classificado atrás de Robert Kubica (BMW Sauber) e Timo Glöck (Toyota), nem sequer pontuou. Embora os Brawn continuem a gozar de uma supremacia total sobre as restantes equipas, o Grande Prémio de hoje foi a primeira prova verdadeiramente interessante de uma época até agora monótona: Barrichello, Kovalainen, Alonso, Piquet, e Lewis Hamilton foram alguns dos animadores de serviço que conseguiram dar mais emoção a esta corrida e merecem destaque por terem relembrado o que faz com que a Fórmula 1 cative tantos adeptos.

+ Em termos de mundial de pilotos, Jenson Button segue, obviamente, como líder indiscutível, somando um total de 61 pontos. Barrichello é o segundo classificado, com 35 pontos, enquanto Vettel aproveitou o abandono do veterano brasileiro para se encurtar a sua desvantagem para seis pontos. Quanto à tabela de construtores, a Brawn GP regista já 96 pontos, com a Red Bull (56,5 pontos) e a Toyota (32,5 pontos) a ocuparem as segunda e terceira posições.

+ O próximo Grande Prémio de Fórmula 1 terá lugar no circuito de Silverstone, no dia 21 de Junho. Perante o seu público, Button quererá certamente dar continuidade à sua sequência de vitórias; resta saber se haverá algum piloto capaz de fazer frente ao líder do mudial.


» FÓRMULA 1: Classificações

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» Portistas derrotaram a Juv. Viana na final do campeonato


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Não há rival interno para este F.C.Porto. Os comandados de Franklim Pais selaram, ontem, em Viana do Castelo, a conquista do oitavo campeonato nacional consecutivo, ao vencerem a formação local, a Juventude de Viana, por 5-4 (após prolongamento).

Esta foi, aliás, a imagem de marca da final do campeonato. Jogos equilibrados, dois deles decididos através de golo de ouro, muita emoção e bom hóquei, como que a fazer ver às televisões portuguesas o desperdício que foi votarem esta final ao esquecimento. Há coisas que nunca mudam...

O F.C.Porto manteve o estatuto de invencível de que goza há já oito anos, é certo, mas a Juventude de Viana, onde figuram grandes nomes da modalidade, como Paulo Almeida, Pedro Alves, Luís Viana ou Didi, foi um digno vencido e até pode dizer-se que fez por merecer um quinto jogo. Não o conseguiu, muito por culpa de André Azevedo, ex-vianense, que já muito perto do fim da partida remeteu a discussão para o prolongamento, graças a uma "sticada" de meia-distância. E aí, Emanuel Garcia deu a provar à Juventude o veneno que administrara oito dias antes, arrumando a questão do título nos primeiros instantes com um soberbo golo de ouro.

Resta agora a Taça de Portugal para finalizar uma época que o F.C.Porto dominou inequivocamente a nível interno, mas na qual voltou a comprometer numa Liga Europeia em que tinha legítimas aspirações à vitória final. Uma pecha que não mancha, contudo, o excelente trabalho que Franklim Pais e seu pupilos têm vindo a desenvolver e que se repercute por esses rinques país fora.

Final do Campeonato Nacional 2008/2009:

1º jogo: FC Porto - Juv. Viana: 5-2
2º jogo: Juv. Viana - FC Porto: 5-4 (golo de ouro)
3º jogo: FC Porto - Juv. Viana: 4-3
4º jogo: Juv. Viana - FC Porto: 4-5 (golo de ouro)

» Alves mantém Selecção na corrida


Foto GETTY IMAGES

+ Um golo de Bruno Alves, ao minuto 93 de uma exibição medonha em Tirana, salvou Portugal de ficar com as contas do apuramento para o Mundial'2010 bem mais complicadas. O 2-1 à Albânia caiu do céu e, aliado à derrota da Suécia, mantém a Selecção na corrida pelo segundo lugar e (apesar de tudo) com legítimas aspirações a consegui-lo nos quatro jogos que faltam.

+ Falando do jogo em si, valeu o querer e a garra transportada por Alves para aquela "última bola" (como mostra a foto acima). Porque o resto foi quase tudo mau. Da inépcia de Eduardo na baliza à falta de senso que é a convocação e a titularidade de Boa Morte, passando ainda pelas prestações menos conseguidas de conceituados como Ronaldo, Simão ou Carvalho.

+ Até Setembro, a calculadora vai de férias. A dupla jornada com Dinamarca e Hungria servirá para esclarecer muita coisa. De preferência, a jogar mais do que hoje. Se for pedir muito, ao menos que se consiga ganhar. É de vitórias que se precisa para manter as esperanças de ir ao play-off que levará mais quatro selecções europeias à África do Sul.

» Cinco anos depois, a russa volta a vencer um Grand Slam


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Está para durar a controvérsia em torno das líderes do ranking mundial feminino. Depois de Jelena Jankovic, também Dinara Safina desperdiçou uma soberana oportunidade de vencer um torneio do Grand Slam e calar os críticos que a apontam como indigna de figurar nessa posição, precisamente por nunca ter vencido um dos grandes torneios do calendário tenístico mundial.

Ontem, em Roland Garros, a jovem russa foi incapaz de gerir a pressão que tinha sobre os seus ombros e acabou batida inapelavelmente pela sua compatriota Svetlana Kuznetsova, em apenas dois sets (6-4 e 6-2) apenas, tal como acontecera nas duas anteriores finais de eventos do Grand Slam que disputara - Roland Garros'08 e Open da Austrália'09.

Kuznetsova mostrou-se sempre mais tranquila ao longo do encontro, pondo em prática o seu ténis muito mais versátil e contrariando da melhor forma a potência de Safina, que tanta mossa fez nas restantes adversárias ao longo da quinzena.

Depois da vitória no US Open'04, Kuznetsova conquista, assim, o seu segundo título do Grand Slam à quarta final disputada e volta a assumir-se como um caso verdadeiramente sério no ténis feminino, depois de um período em que andou algo desaparecida dos holofotes da ribalta. Para casa, leva uma réplica do troféu Suzanne Lenglen e um cheque de 1 milhão e 60 mil euros. Nada mau.

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+ BETTENCOURT GANHA ELEIÇÕES - José Eduardo Bettencourt é o rosto escolhido para suceder a Soares Franco como presidente do Sporting. As eleições desta sexta-feira foram umas das mais concorridas de sempre da história leonina, porém, face ao resultado, ficou-se a saber que, em Alvalade, para o ano, vamos ter mais do mesmo. É verdade que a vitória de Bettencourt sobre Paulo Pereira Cristóvão foi esmagadora. Nem é isso que está em equação, porque não se esperava que acontecesse outra coisa. Só que perdeu-se uma oportunidade para a mudança. Cristóvão até começou a apelar à paixão sportinguista, mas acabou por hipotecar as suas possibilidades quando começou a vender uma série de sonhos, alguns deles até algo descabidos.

» Finais definidas


Foto REUTERS

+ O torneio de ténis de Roland Garros termina já este fim-de-semana com os confrontos entre Svetlana Kuznetsova e Dinara Safina, no quadro feminino, e Roger Federer e Robin Söderling no quadro masculino.

+ Em relação à final feminina, Dinara Safina teve maior facilidade em marcar lugar no encontro decisivo do que a sua compatriota: a número um do ranking mundial ultrapassou Dominika Cibulkova em dois sets, com parciais 6-3 e 6-3, enquanto Kuznetsova viu Samantha Stosur vencer um tie-break para levar a meia-final ao terceiro set, no qual a russa acabou por confirmar a passagem à final (parciais de 6-4, 6-7 e 6-3). Com um empate no registo dos confrontos directos em terra batida, espera-se uma final equilibrada entre duas jogadoras que têm estado em grande forma neste tipo de piso - Safina venceu os torneios de Roma e Madrid enquanto Kuznetsova vingou a derrota da final de Roma com um triunfo na prova de Estugarda sobre a sua compatriota.

+ No quadro masculino, os jogos de hoje ficaram marcados sobretudo pela grande combatividade dos jogadores. Na partida que abriu a tarde de competição, Robin Söderling assegurou a sua primeira presença na final de um torneio de Grand Slam com uma vitória em cinco sets arrancada a ferros sobre o chileno Fernando Gonzalez (6-3, 7-5, 5-7, 4-6 e 6-4 nos resultados parciais). O vigésimo terceiro classificado do ranking mundial está a viver, sem dúvida, os melhores dias da sua carreira e pode constituir uma real ameaça às ambições de Roger Federer, que também sofreu para alcançar a desejada final. Perante Juan Martin del Potro, o suíço teve que recuperar de um set de desvantagem por duas vezes mas acabou por confirmar o confronto com o 'carrasco' de Rafael Nadal com parciais de 3-6, 7-6, 2-6, 6-1 e 6-4. Embora nunca tenha cedido mais do que um set frente a Söderling, Roger Federer terá que estar no topo das suas capacidades para conseguir bater o sueco no jogo de domingo - Söderling não alcançou a final por acaso e a motivação poderá compensar a inferioridade técnica. Contudo, também a Federer não faltará motivação: com a oportunidade de igualar o registo de catorze triunfos em Grand Slams de Pete Sampras e, simultaneamente, vencer o torneio que lhe escapa ao currículo após cair na final nos três últimos anos, quem não estaria motivado?...

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+ SERÁ DESTA, ROGER? - A principal figura da notícia não é tanto Roger Federer mas sim o seu 'arqui-rival', Rafael Nadal: o confronto de ontem com Robin Söderling terminou com a primeira derrota de sempre do espanhol em Roland Garros, pelos parciais de 6-2, 6-7, 6-4 e 7-6. A eliminação do actual número um do ranking mundial põe fim a uma série de 51 partidas sem perder - e dois anos sem ceder um único set - no mais famoso torneio de terra batida do mundo e deixa o caminho aberto para Federer finalmente conquistar o título de Grand Slam que lhe escapa. Com Djokovic também afastado da prova, esta é, sem dúvidas, uma oportunidade de ouro para Federer vencer em Roland Garros - o maior obstáculo ao sucesso do suíço dá agora pelo nome de Andy Murray mas os números dois e três do ranking mundial apenas se poderão encontrar já na final. Contudo, mesmo a ida à final não serão exactamente 'favas contadas' para o suíço, como o seu triunfo suado sobre Tommy Haas na tarde de hoje já deixou demonstrado. Federer esteve a perder por dois sets mas a reviravolta no resultado (parciais de 6-7, 5-7, 6-4, 6-0 e 6-2) acabou por confirmar a passagem aos quartos-de-final da prova, onde defrontará Gael Monfils ou Andy Roddick. Ainda muitos jogos faltam até à final de domingo mas a pergunta fica - será que é desta que temos Roger Federer como campeão de Roland Garros?